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By Ferramentas Blog

sábado, 31 de dezembro de 2011

Cada ponto de vista, a vista de um ponto!

Algum tempo atrás tive a oportunidade de assistir e interagir com algo que gerou e gera desdobramentos sobre o que vemos e aquilo que os seres á nossa volta vêem em nós. Certo dia andando em um corredor largo e comprido, iluminado por janelas amplas envidraçadas com vidros transparentes que davam para grandes e velhas árvores plantadas no jardim, visualizei uma pequnena ave desesperada a tentar "furar" o vidro para ganhar a liberdade, de alguma forma ela adentrou este corredor pelas janelas abertas, ao perceber estar encarcerada neste lugar exótico para ela (um corredor), tentou sair por onde provinha a luz e mostrava seu ambiente natural logo perto, ou seja, a janela. Ela insistia num único ponto de vidro, e quanto mais lutava para desfazer aquela barreira assombrosa que a detia a tão poucos centímetros da liberdade, mais desesperada e mais energia gastava batendo as assas. Fico a imaginar sua percepção daquilo que a limitava, talvez pensasse ser fruto de algum sortilégio este mistério que a barrava caso usasse do raciocínio dos humanos, mas certamente este não era o caso. Sendo alta estas janelas, não conseguia alcançar a avezinha com meus braços, procurei algo grande o suficiente na tentativa de ajudá-la a sair, eu sabia que ela estava iludida pelo que via, do ângulo que a encontrava não permitia visualizar outras possibilidades como eu visializava olhando de mais distante. Ao conseguir algo que a fizesse sair daquela relativa inércia em determinado ponto, deparei-me com a limitação que também tinha, a dificuldade de orientar aquele animalzinho com as ferramentas que eu tinha em mãos, tinha a solução, sabia o que fazer para que aquela criaturinha encontrasse a liberdade, porém a forma de comunicar-me e conduzir a tão pequenina ave era limitado. Depois de várias tentativas e ter feito o bichinho sair daquele padrão de comportamento que o fazia agir da mesma forma para resolver seu problema, a pequena ave encontrou seu caminho e ganhou os céus...
No seu ponto de vista a ave não era capaz de ver além, já em meu ponto de vista eu tinha a solução para seu problema, algo tão complexo e até então sem solução para ela, já pra mim algo absurdamente simples, porém ao tentar ajudar ví-me também limitado, pois não dependia exclusivamente de mim, pelo contrário, eu poderia orientar, mas a ação de encontrar a saída era da avezinha.
Creio que nós humanos e os demais seres que dividem conosco nossa Gaia, estão em níveis de evolução distintos, logo, aquilo que nos limita, é algo extremanete simples para alguns que nos observam, serenizar a mente e o ser, sintonizar estes seres pode ser a forma mais razoável para transcender as limitações ainda misteriosas para nós, porém extremanete simples para aqueles mais evoluídos que nos assistem, e ser estes olhos para aqueles que precisam de apoio pra transcender sua temporária limitação também faz parte desta grande evolução coletiva que vivemos, todos os seres formando um único corpo coletivo, criando o karma ou Dharma, gerando o grande inconsciente coletivo que nos rodeia o tempo todo, com soluções e problemas acessíveis a todos que estejam sintonizados a este. Sintonizados á algo todos estamos, basta escolher que sintonia almejamos, seja para a solução ou para ou não. Paz e Bem!

domingo, 27 de novembro de 2011

Transcender

Me permita a conduzi-lo ou conduzi-la por aquilo que acredito que trazemos em essência, porém essa essência passa boa parte do tempo em nós dormente. Você já teve a oportunidade de estar em alguma cerimônia fúnebre onde visivelmente tabus e barreiras eram derrubadas por algumas pessoas que se declaravam ao amigo ou amiga que partiu? Ou você já viu em alguma rede social declarações apaixonadas a esta pessoa ausente? Eu já vivenciei as duas situações, e pude ver que a partir do movimento de uma força descomunal, no caso a falta física de alguém, emergiu-se o que chamo de essência da vida, algo além dos tabus e convenções sociais e naturais, algo que transcende qualquer lógica cartesiana. Creio que não erraria se associasse este movimento ao de uma placa tectônica, grande energia é utilizada, porém seus efeitos são profundos e controem nova ordem física às coisas, algumas vezes crava-se feridas profundas que destas brotam lava quente que a tudo destroe afim de reestruturar totalmente a vida na crosta terrestre. Assim como em alguns casos esta lava quente reestrutura plenamente a superfície, dependendo da intensidade das experiências que vivenciamos, somos lavados por algo parecido a magma, nossa superfície é totalmente modificada a partir de algo que vem de dentro. Me pergunto, será necessário crescermos apenas com as dores, rupturas da vida? Como viver em conexão, comunhão com este estado de plenitude transcendente? Você já identificou este estado e viveu algo parecido? Espero que sim... E que tenha se tornado mais bonitooue bonita a partir desta experiência... Nemastê!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Silenciar os sentidos

Diariamente deparamo-nos com os mais variados estímulos, cores, sons, cheiros, sabores e por aí vai... A televisão e a internet são grandes máquinas feitas para provocar os sentidos visuais e sonoros e a partir deles criarmos as mais variadas sensações, emoções ou até ações... Curioso que alguns chamam a TV de babá eletrônica, ou seja, desde a infância somos condicionados a termos nossos sentidos hipnotizados por ela.

Será que nessa vida condicionada ao midiático, ao televisivo, sabemos conviver conosco mesmo? Creio que boa parte das pessoas não sabem... Fato é que algumas pessoas afirmam não saberem ficar só, precisam sempre ter alguém que as entretenha ou apenas as escute, pois precisam falar muito, as vezes nem sabem ouvir. No livro de Bel Cesar, (O livro das emoções), ela afirma que quando não sabemos nos acolher em nossas dificuldades, tendemos buscar este amparo nos outros, ou seja, vamos lamentar de nossa miséria na cabeça daqueles que temos acesso com a intenção de buscar esta compaixão que em princípio deveríamos ter de nós mesmos caso fossemos educados para a arte de nos conhecer, nos ouvir.

Conhecer-se para acolher-se demanda silêncio aos estímulos externos, dizer as fontes externas que elas são importantes, mas não podem dominar o espaço interno, pois aí está a essência do ser em si, a bussola interna que norteia os caminhos a seguir...

“No silêncio uma catedral, um templo em mim, onde eu possa ser imortal”. Ao romper com a escravidão das demandas externas, o silêncio que em princípio era incomodo, este mostra-se toda sua sacralidade, fonte de paz e tranquilidade onde brota todas as respostas assim como uma fonte de água limpa brota entre pedras no alto de uma montanha. Ao longo da história, místicos se destacaram como avatares pela capacidade de entrar em comunhão consigo mesmo através do silêncio e depois voltar ao mundo dos ruídos e externar tais experiências.

Em cada ser através do silêncio, um santuário, um lugar revestido de sacralidade, onde se prova da eternidade. Este lugar existe sim... E resiste por mais que os ventos façam barulho em torno deste templo fora do tempo...

domingo, 28 de agosto de 2011

Ser diferente é normal!

Certa vez vi duas crianças na rua que me fizeram viajar pelo tema “diferença”. Admito que elas ainda vivem em meu imaginário e por aqui constroem edificações... A estória foi o seguinte: ao caminhar numa rua central da cidade, ao cair da noite em frente a um supermercado, havia uma mãe sentada á porta deste estabelecimento com uma criança pedindo esmola, ambos com roupas gastas e já suados pois imagino que estavam neste local a algumas horas. Horário de muito movimento de pessoas e carros, talvez ninguém tenha se atentado para eles ali a pedir alguma coisa. Criança é criança, por mais complicado que seja o contexto em que está inserida, ela não perde a capacidade de ater-se ao que lhe interessa, ao mundo da imaginação, ao lúdico, a brincadeira. Em meio a multidão que transitava por este espaço, passou uma mulher, creio que seja a mãe de mãos dadas à criança na mesma faixa etária do menino sentado a pedir algo aos que passavam. Era visível a diferença econômica naquele momento de ambas mulheres e crianças, os que passavam estavam socialmente mais apresentáveis frente aos que estavam a pedir. O que os unia até o momento eram ambas mulheres (possivelmente mães) juntos de suas crianças que aparentemente tinham a mesma idade.
Como as crianças estavam no chão e existe um limite físico que as obrigam a viverem em uma dimensão diferente dos adultos, pois ao contrário da maioria dos adultos com seus "metro e setenta", elas tem vêem o mundo de bem mais baixo, talvez isso as permita viverem neste mundo mágico, pois suas cabeças estão “fora da zona de vibração tensa” em que vive a cabeça dos adultos... Ambas se olharam e logo começaram a interagir, não houve pergunta sobre o nome, ou julgamento pela forma que se apresentavam, aparentemente uma viu na outra o que importava, a “máscara social” não tinha importância. Logo ambas mulheres seguraram e arrastaram seus filhos para próximo de si e ambas crianças se distanciaram em meio a multidão, uma olhando a outra...
Tudo isso não passou de poucos segundos, quem sabe um minuto... Mas não tive como deixar de observar como nascemos acostumados com o diferente e gostamos de nos relacionar com o diferente, acredito que culturalmente vamos desaprendendo esta nobre verdade e desapegando desta essência e cria-se as castas, sábias palavras escritas no livro daquele pequeno príncipe vindo de um planetinha distante... “O essencial é invisível ao olhos”.
Arrisco a pensar na sombra proposta por Jung, trazemos um pouco do "todo" em nós, cada vez que tentamos negar este "todo", o suprimimos no outro aquilo que negamos em nós mesmos, isso torna-se sombra que nos acompanhará dia e noite, se manifestará constantemente... Se algo nos provoca até permitirmos dispensar energia para destruir, é por quê aquilo também mora em mim e não aceito esta realidade.
Se observarmos os jardins construídos nas praças e em nossas casa vemos a simetria, padronização, gasta-se muitas vezes água, fertilizantes e defensivos afim de dar vida às plantas. Ao observarmos ás matas, especialmente aquelas preservadas vemos o diferente convivendo lado a lado em perfeito equilíbrio... Talvez se observássemos mais, praticássemos mais vezes a ação pela não ação, viveríamos melhores em harmonia, sabendo que todos somos um nesta grande Gaia.
Concluo com as sábias palavras escritas por Roberto e Erasmo em “Pensamentos”: “Se as cores se misturam pelos campos, é que flores diferentes vivem juntas, e a voz dos ventos na canção de Deus responde todas as perguntas”.

domingo, 31 de julho de 2011

Transição dos filhos de Gaia

Estamos em um acelerado processo de evolução, não necessariamente ou estritamente biológico, mas de consciência. Em poucas décadas deparamos com diversas personalidades como Frijof Capra, Nise da Silveira, com várias teorias como os campos mórficos, a ideia de Gaia, o inconsciente coletivo. Como grande apoio a esta mudança de era, surge a popularização digital, hoje muitos filhos de Gaia, ou seja, Nós, somos cidadãos do mundo, mesmo com pouco dinheiro e sem sair de casa, relacionamos-nos com pessoas dos quatro cantos do mundo (se é que um globo possuí canto!). Vou usar a saga de nosso Herói “Ariel”, o Leão de Deus (isso é o que significa este nome) para exemplificar minhas conclusões da atualidade.
Esta não é uma história isolada, pois tive em minha casa o cãozinho Tistu que também viveu uma história parecida com a do Leão Ariel, também partindo aos três anos de idade. Portanto “Ariel” ao meu ver é um ícone ou um arquétipo da existência do sofrimento animal, da existência do amor entre espécies distintas (homem, cão, leão, etc...) e da certeza para grande maioria das pessoas que a vida é muito mais que supomos e é uma hipocrisia teocêntrica reservar “o céu” apenas à espécie humana. Desde criança me incomodava com isso, até que sozinho cheguei a conclusão que esta história pregada pela religião e pelos religiosos era tagarelice de quem não sabe nem quem é si mesmo. Estamos no alvorecer de uma era voltada à ecologia integral, aquela ecologia que torna nossa espécie humana mais critica de si, questionando-se, reconstruindo-se, conhecendo sua casa como um todo, sua alma, sua espécie e a comunhão com os demais seres que dividem o planeta terra. Não é por acaso que as estruturas que concentravam o poder estão ruindo, movimentos das mais diversas naturezas estão pleiteando seu espaço, minorias estão tendo coragem em se auto afirmar. Vejo neste movimento uma catarse necessária para que o que estava escondido apareça, o que não era público, torne conhecido. Comentários postados logo após a passagem de Ariel para planos mais sutis, postados nas redes sociais deixam claro que muitas pessoas reconhecem a evolução como lei universal de todas as espécies, veja parte de uma matéria retirada do UOL: “Entre expressões como “gatão”, “lindão”, “guerreiro”, “embaixador na união mundial” e outro termo, Ariel também tem destino certo, na opinião dos internautas: “Oww lindão, vai brilhar lá com todos os outros anjinhos, vai correr lá no céu dos animais e brincar com seus amiguinhos!!”, seguida de outra mensagem, na mesma linha: “Uma vez ouvi que existe céu dos cachorros....deve existir céu do leões...e ele já deve ter achado o lugarzinho dele e tá pulando, pulando, como ele fazia aqui....”. Para outro usuário, “ele está ao lado de São Francisco”.
Talvez o mal embora pareça ter aumentado, ele continua como sempre existiu, porém como estamos mais iluminados, mais nos incomodamos com as misérias AINDA existentes em nosso meio, mas a luz aumenta, cada vez mais vemos e valorizamos a vida e o amor em todas as suas manifestações, mais sabemos que todos somos um e estamos inevitavelmente interligados numa grande teia cósmica amorosa... Portanto, obrigado Arieis, Tistus e tantos outros que mesmo no anonimato nos deram e dão uma grande lição de evolução... Não acredito no céu dos cachorros, dos leões, das pessoas... Acredito no céu dos seres evoluídos, onde todos são plenos pelo amor... Termino com as palavras do mais arrojado ecólogo, ecumenista, defensor da vida... Chico que morava em Assis... PAZ E BEM!!! ;-D

sábado, 11 de junho de 2011

Minha criança interior


O essêncial é invisível aos olhos! Não me passa melhor afirmação do que esta tirada do livro Pequeno princípe para iniciar este texto. Pretendo falar da criança interior, aquele ser maravilhoso e pleno que cada criatura carrega em sí, aquele que é todo alegria, transparência e vitalidade... Mas que com o tempo vai sendo sufocada pelas máscaras que usamos e de criança feliz torna-se criança magoada. Quanto mais novos somos, menos condicinamentos temos, ainda não estamos plenamente inseridos no conjunto de códigos criados pelo social, simplesmente existimos. A criança interior e o ser exterior que sou eu nos confundimos. Quanto mais somos inseridos no contexto social, mais aprendemos a arte de jogar para ser parte da sociedade, mais nos separamos dessa essência chamada criança interior, e nisso sempre sentimos a falta de algo, mais procuramos este algo no mundo e mais frustrados vamos ficando... O encontro entre estes dois seres agora separados será fundamental para a realização deste indivíduo. Como diz a frase que iniciei este texto, o essêncial é invisível aos olhos, não existe alguém mais importante que a criança que carrego, a criança que você carrega, ela é única, especial, linda, alegre e é essêncial, porém é invisível aos nossos olhos condicionados ao lógico, ao racional, ao mensurável... Tomar conhecimento deste ser maravilhoso que temos em nós demanda silêncio, seria como estar inserido num furacão, sair das bordas deste furacão e entrar até o seu interior onde reina a calmaria, criar o silêncio em meio ao caos e reconhecer a existência deste ser iluminado. Esta criança na maioria das vezes está machucada, angustiada, triste e solitária por não ser acolhida e reconhecida, mais que isso, amparada. Quando se reconhece esta criança, se aceita como ela é, não a julga nem tão pouco a rotula, ela torna-se viva novamente e entramos em comunhão com nossa essência divina, tomamos do mesmo cálice e resgatamos a arte de ser autênticos, serenos, dóceis... Isso não quer dizer ser passivo e submisso, mas ter a paz e alegria necessárias para fazer o que é preciso sem dúvida ou medo. Acredito que só serei capaz de amar o outro em sua plenitude e em sua verdade a partir do amor que tenho por minha criança interior, talvez por isso que a tradição cristã afirma ser necessário amar ao outro como a sí mesmo... É impossível amar alguém mais que este alguém que carrego... A comunhão resgatada com esta criança maravilhosa será a comunhão com todos os seres do universo, através deste ser divino que carrego amarei a todos os seres plenamente...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Osama morto Obama Eleito!

Será que o Obama anda com essa elegância toda naturalmente? Que sorte teve este fotógrafo ao retratar o atual presidente americano se dirigindo à nação e ao mundo para dar a notícia que o planeta estava mais seguro e as vítimas de Osama estavam vingadas, o click foi dado justamente em frente ao busto de um dos maiores presidentes que a América já viu... Observe a fotografia!

Grande circo dos horrores, deprimente teatro das aparências e faz de conta que ainda perdura em nossa Gaia. Todo mundo sabe que a forma de portar-se é tudo, pouco importa o conteúdo, e que por trás das grandes figuras, sejam elas pessoas ou instituições, existem diversas empresas que “criam” a imagem que o público quer ver e vai engolir e gostar, o povo (pelo menos aqueles que olham com um pouquinho mais de critica) sabem que nada é bem daquele jeito que foi divulgado, mas mesmo assim se sujeitam a fazer parte do jogo e dar a resposta esperada pela mídia. É lógico que a foto que citei não foi coincidência, a ideia certamente da grande equipe de “marketing” do governo americano é de “vender” a população da América e do mundo a imagem de um homem forte, alguém á altura do lendário Abraham Lincoln. Quanto deve ter custado ao Osama ficar estático, com olhar de paisagem para um horizonte imaginário afim de que o fotógrafo conseguisse o melhor ângulo e a melhor iluminação? O homem e o seu teatro, seu jogo de dominador e dominando... As vezes ser dominado é tão bom, não dá trabalho, não tem que pensar, é só seguir o que é proposto pelos outros, simples assim...

Como ainda possuímos uma lógica cartesiana, onde o racional prevalece e tudo tem que ter que haver com tudo, as vezes conseguem fazer ligações fantásticas para mostrar que se tem razão. Veja só, um chefe de estado afirmou que o Osama foi morto justamente no dia em que o Papa João Paulo II foi beatificado graças a uma intervenção direta do pontífice, presente dado pelo aspirante a santo para nós pobres e inocentes mortais. Quanta contradição, em nome da paz elegem um exemplo moderno de vida a ser seguido, João Paulo II. Em nome da mesma paz matam Osama como se sua morte resolvesse todos os problemas da América e do mundo referente ao terrorismo. Dois eventos antagônicos, no mesmo dia, com os mesmos objetivos “a paz” e que alguns até mesmo afirmam que não houve coincidência, foi providência, já que o segundo evento (a morte de Osama) foi conseqüência direta da intervenção do protagonista do primeiro evento (João Paulo II) que deu a cabeça de Osama à humanidade aflita com seu único problema, a vida de OSAMA!

Grandes homens (e mulheres) já passaram por estas terras, Buda, Cristo, Francisco de Assis, Ghandi, Nisse da Silveira, João Paulo II. Quebraram protocolos, não fizeram o que era esperado, deixaram-nos embasbacados mas ainda continuamos a ser “como nossos pais”, e o pior, ainda acreditamos numa divindade mesquinha ao ponto de atribuir a ela o poder de dar e tirar cabeças conforme bem entender. Mas como tudo indica, Osama morto, Obama eleito e assim vamos continuar “com passos de formiga, e sem vontade, não vou dizer que foi ruim, mas também não foi tão bom assim”... Afinal, não tivemos que pensar muito, já pensaram por nós.

sábado, 30 de abril de 2011

Inquilinos de Gaia

O tempo assim como o espaço é relativo, cada ser de acordo com suas características físicas, químicas, biológicas e até mesmo filosóficas tem seu tempo de existência e seu raio de ação, ou seja, seu espaço de atuação.
A vida de uma libélula para um ser humano é efêmera, já que muitas vezes eclode pela manhã e morre ao entardecer, porém para viver aquilo que foi programada é suficiente. Uma sequóia milenar e “quase eterna” para nossos padrões de tempo e de espaço, já que cresce como um grande edifício e vive talvez milênios.
Mas entender essa dinâmica não é tão fácil assim... É necessário silêncio e silêncio é coisa rara, vivemos envolvidos em nossos barulhos: mental, físico e espiritual. Relacionamos-nos com o tempo como se ele fosse o grande inimigo a ser vencido, uma luta constante. Essa energia dispensa barulho, sons, imagens, vibração que são emanadas ao tempo e espaço e ajudam a dificultar ainda mais a comunhão com o silêncio que habilita entrar no tempo do outro.
Esse padrão é comum em nossa mãe Gaia, não sabemos entrar no tempo dessa grande mãe, e exploramos mais e mais seus espaços, suas riquezas, suas entranhas. Até mesmo nossa tecnologia causa barulho, recentemente li que se for colocado um aparelho de celular na lua, este será o sinal “extraterrestre” mais forte, ou seja, mais barulhento do universo, um universo existente a bilhões de anos segundo nossa limitada ciência e capacidade de observação.
Silenciar a boca, silenciar a mente, silenciar o espírito, silenciar nossa tecnologia não no sentido de calar, mas com a ideia de focar mais a energia para sairmos de nosso padrão egóico de vida e entrarmos no tempo do outro. Acho pertinente buscar meios para entender isso e aplicar nas relações que tenho com o meio, e como um inquilino de Gaia, buscar preservar a casa, respeitar a grande mãe, entrar em comunhão com a vida e não ver no outro algo maior nem menor que eu, mas algo a ser respeitado em sua essência...

domingo, 27 de março de 2011

Falta X Excesso

Viver com restrição é ruim, porém viver com excesso faz o mesmo mal e muitas vezes é mais difícil de identificar suas conseqüências negativas. A falta das coisas é fácil de ser identificada, falta de tempo, falta de alimentação, falta de cultura, falta de tolerância. Porém muitas vezes percebo que a gente vive com bem mais que necessita e gasta uma quantidade de energia valiosa na administração de tudo que carrega sem perceber esse peso todo atrelado a si.
Vamos a um exemplo que vivi. Curto fotografia, música, livros e filmes. Assim que comprei a máquina fotográfica digital comecei a fotografar tudo que achava digno de ser fotografado, além de baixar tudo quanto é música, livros em pdf e copiar uma grande quantidade de filmes em DVD. Detalhe... O hobby era baixar, mas pouco consumia disso tudo... E vivia tentando me organizar para guardar e usar tudo isso. Final da história, fiquei com uma quantidade incrível de dados espalhados sem saber por onde começar afim de buscar algo. O que deveria ter facilitado a minha vida e trazido prazer, acabou virando fonte de ansiedade pois nunca conseguia consumir tudo aquilo e em administrar esse problema. Hoje estou calmamente organizando os arquivos, desfazendo de outros e não mais montando uma biblioteca imensa e inútil.
Ao longo da vida tive a oportunidade de conhecer e observar determinadas pessoas e situações que me mostraram como esta questão (o ter além do necessário) é mais perigosa do que parece. Vamos a exemplos... Tornar-se depósito de lembranças ruins, essas pessoas parecem viver num eterno luto e acham que os que estão em voltam devem também comungar dessa frequência, suas vidas estão paradas nas perdas sentidas ao longo da existência, portanto a carga emocional que carregam é gigantesca, carga desnecessária que não agrega nada além de dor e sofrimento. Outros embora sejam pessoas arrojadas, tornam sua vida numa grande teoria e perde o senso de eu e o senso de realidade. Tanto um quanto outro exemplo mostram pessoas fascinadas pela ilusão, algumas vezes até mesmo alienadas.
Estar sempre no comando de si, absorver apenas o necessário, não permitir-se influenciar-se pela freqüência do outro quando o outro vibra em outros padrões, padrões estes que não temos em nossas diretrizes. Buscar a teoria que se aplique em si e não formatar-se para entrar em uma teoria. Acredito que tudo isso pode nos ajudar a viver de forma integral, mais leve e em paz com nossas 3 ecologias, a ecologia do ser pessoal, ou seja, da mente, a ecologia social, aquela que se estabelece com minha comunidade, ou seja, com aqueles que são comuns a mim, e finalmente refletir na ecologia ambiental, degradando menos, consumindo menos e permitindo que a vida siga seu fluxo normal. Mente sã, corpo saudável, sociedade sã, ambiente saudável.
“Penso que seguir a vida seja simplesmente conhecer a marcha e ir tocando em frente, hoje eu sei que nada sei”.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ecologia pessoal, social e ambiental

Ecologia é uma questão atual, disso não resta dúvida. Quando começou a ganhar o domínio popular até pareceu modismo, mas agora seja modismo ou não a tal de ecologia veio pra ficar... Mas o que é ecologia? Se aplica a quê e pra quêm?
Ecologia vem do grego, é a união de duas palavras que significam “estudo da casa”. Como a evolução é lei universal e se faz presente em todas as coisas, não foi diferente com a dona ecologia. Em princípio lutamos pelas baleias, pela fauna e flora silvestre e talvez esquecemos um pouco do nosso meio, das nossas relações e de nós mesmos como parte integrante do universo vivo em que estamos inseridos. Afinal, vida ainda é a coisa mais abundante da terra, pra todo lado vê-se algo vivo e atuante na grande teia da vida, seja uma bactéria, as plantas, enfim... Mostra-se presente em quase tudo. Mas aquela ecologia do início do movimento estava distante demais dos anseios humanos, como posso lutar por algo distante se em meu universo intímo estou desorganizado, minha rede social onde vivo está de pernas pro ar... É algo incompatível! Aí veio a evolução no entendimento do tema e atualmente tem-se ouvido sobre a ecologia integral, a ecologia que estuda a casa não vê o homem como à parte da vida do planeta, mas parte que integra dinamicamente a grande teia da vida, logo o homem também é uma casa que deve ser conhecida, estudada para a partir daí poder explorar e conhecer o externo. A sociedade na qual o homem está inserido também é importante, nossos relacionamentos, nossa forma de interagir com a comunidade (comunidade=comum) em que vive é fundamental no bem estar do indivíduo e dos indivíduos que de alguma forma depende da sua existência para viver. Finalmente compreendido, ou melhor, expandido este conceito para o homem com a sua própria casa (corpo e mente), para a comunidade na qual está inserido, pode-se pensar no ambiente físico, a casa, a rua, animais e vegetais do local onde se mora. Ainda é muito recente, mas não tenho dúvida que esta visão holística ganhará cada vez mais simpatizantes, hoje percebo um movimento em resgatar o todo ao invés de observar as partes isoladas. Talvez os alquimistas do passado dividiram-se em químicos, biólogos, físicos, psicólogos e tantas outras profissões. Hoje existe um movimento contrário e quiçá um dia não teremos mais estas profissões isoladas, mas sim um neoalquimista que consiga andar por todas estas áreas e assim integrá-las de forma mais harmônica ao invés de apenas estudar as partes isoladas e tentar encaixar de forma independente esses pedaços. Em princípio a impressão que tive da ecologia integral foi algo místico ou psicológico, porém depois percebi que este pensamento era proveniente de uma visão contaminada pelo especialismo atual. Se ecologia é o estudo da casa, nada mais lógico iniciar este estudo pelo “eu”, pela mente, local de onde sai todas as atitudes que destruirão ou trarão vida, depois por minha “network” e “netfriends” que fazemos parte e finalmente chegar no ambiente.
Talvez o grande Portinari teve uma inspiração profética ao pintar na igreja de Francisco de Assim na Pampulha Francisco e um vira lata, fazendo uma releitura do clássico encontro do velho Chico junto do lobo de Júbio na Itália no século XII. Francisco é personificação do movimento ecológico, não pensemos no santo católico mas sim na figura forte que busca o caminho de casa ao optar pela vida em comunhão com a natureza. Nesta bela obra do arquiteto brasileiro Nyemayer e Portinari, em que o pop star ecológico aparece ao lado do nosso bom e velho vira lata, ocorreu algo que ilustra bem a visão da antiga ecologia, uma ecologia romântica e utópica divergindo da nova, a ecologia real e do nosso dia a dia. Pois segundo uma das versões para a demora da sagração do tal templo, deveu-se o fato de colocar o grande Chico ao lado de um simples vira-lata, o bispo da época achou uma afronta, esta cerimônia ocorreu apenas 14 anos com outro bispo...
Pensando bem... Ecologia integral não é coisa nova não... Já tem gente vivendo e fazendo propaganda desde o século XII no mínimo... Olha o garoto propaganda italiano... Aquele pintado por Portinari na igrejinha da lagoa da Pampulha em Belo Horizonte, um tal de Chico...
Paz e bem!!!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Amar é...

O amor está na moda... As artes adoram usá-lo como fonte de inspiração para suas criações, poemas, musicais, filmes, poesia... Mas não está limitado a este meio "intelectualizado" o amor também está nas religiões, nas conversas de esquina, nas conversas cotidianas do iletrado ao doutor, do jovem ao velho, do rico ao pobre... Mas o que é o amor? É limitado aos seres humanos? Será fruto da capacidade intelecetual humana ou seria algo que transcende nossa capacidade e portanto "vemos em parte" até que possamos "vê-lo face a face"?
O que move o homem não é a resposta mas sim a dúvida, abraçado às minhas indagações fui encontrando respostas ao longo da vida sobre este tema que intriga tanto nossa espécie.
A palavra amor é muito limitada para a gama de situações que à utilizamos... Nosso amor etimologicamente vem do latim. Porém no grego o amor divide-se em três palavras distintas: eros, philus e ágape. Eros refere-se ao amor conjugal, pautado pela paixão, atração física, e este amor utiliza-se da sexualidade como forma de manifestar-se. Já o philus não tem na sexualidade seu meio de aproximação, este explica o companheirismo, a camaradagem, de certa forma é um amor pautado na troca, eu ajudo alguém na certeza que posso confiar que o outro um dia retribuirá caso haja necessidade. O ágape é além, ama por opção de amar, sem esperar que o outro retribua de qualquer forma, mesmo não sendo amado pelo outro continua-se a amar.
Embora a definição grega de amor seja bem mais lógica, ela ainda não respondia algumas perguntas... Recentemente li um texto do lama Michel que explicou de forma simples e clara o que é amar, segundo ele amar é desejar ao outro de forma genuína e gratuita seu bem, sua evolução sem esperar nada em troca, portanto pode ser algo "a primeira vista" e treinado, estímulado. Já Roberto e Erasmo disseram na música pensamentos: "Quem me dera que as pessoas que se encontram, se abraçassem como velhos conhecidos,descobrissem que se amam e se unissem na verdade dos amigos e no topo do universo uma bandeira, estaria no infinito iluminada, pela força desse amor, luz verdadeira dessa paz tão desejada".
Desque ouvi esta música algo me despertou e fez-me chegar a conclusão que amar é genuíno e inerente à criação, já nascemos com o amor como item de série. Basta optar por amar, o tempo é convenção humana, a única necessidade para amar é saber da existência do outro, uma vez ciente de sua existência já lhe amo e podemos nos abraçar como velhos amigos... Isso é o ágape ao meu entendimento. Porém não pode-se confundir ágape com mulher de malandro, amor não significa total aprovação aos devaneios alheios, pelo contrário, isso é doença, assim como felicidade não se pode confundir com alegria festiva amor não pode confundir com aprovação incondicional ao outro. A opção amar é sempre individual e não necessariamente necessita da aprovação do outro, desde que já se tenha atingido o ágape, enquanto tiver no eros e no philus ainda será necessário a "autorização" do outro para que o processo se complete. O ágape é a plenitude daquilo que já somos, mais um passo em nossa caminhada evolutiva.