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By Ferramentas Blog

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Silenciar os sentidos

Diariamente deparamo-nos com os mais variados estímulos, cores, sons, cheiros, sabores e por aí vai... A televisão e a internet são grandes máquinas feitas para provocar os sentidos visuais e sonoros e a partir deles criarmos as mais variadas sensações, emoções ou até ações... Curioso que alguns chamam a TV de babá eletrônica, ou seja, desde a infância somos condicionados a termos nossos sentidos hipnotizados por ela.

Será que nessa vida condicionada ao midiático, ao televisivo, sabemos conviver conosco mesmo? Creio que boa parte das pessoas não sabem... Fato é que algumas pessoas afirmam não saberem ficar só, precisam sempre ter alguém que as entretenha ou apenas as escute, pois precisam falar muito, as vezes nem sabem ouvir. No livro de Bel Cesar, (O livro das emoções), ela afirma que quando não sabemos nos acolher em nossas dificuldades, tendemos buscar este amparo nos outros, ou seja, vamos lamentar de nossa miséria na cabeça daqueles que temos acesso com a intenção de buscar esta compaixão que em princípio deveríamos ter de nós mesmos caso fossemos educados para a arte de nos conhecer, nos ouvir.

Conhecer-se para acolher-se demanda silêncio aos estímulos externos, dizer as fontes externas que elas são importantes, mas não podem dominar o espaço interno, pois aí está a essência do ser em si, a bussola interna que norteia os caminhos a seguir...

“No silêncio uma catedral, um templo em mim, onde eu possa ser imortal”. Ao romper com a escravidão das demandas externas, o silêncio que em princípio era incomodo, este mostra-se toda sua sacralidade, fonte de paz e tranquilidade onde brota todas as respostas assim como uma fonte de água limpa brota entre pedras no alto de uma montanha. Ao longo da história, místicos se destacaram como avatares pela capacidade de entrar em comunhão consigo mesmo através do silêncio e depois voltar ao mundo dos ruídos e externar tais experiências.

Em cada ser através do silêncio, um santuário, um lugar revestido de sacralidade, onde se prova da eternidade. Este lugar existe sim... E resiste por mais que os ventos façam barulho em torno deste templo fora do tempo...