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By Ferramentas Blog

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Adoecer = A Dor É Ser...

Adoecer = A Dor É Ser...

Ao longo da vida sempre me senti atraído para o sofrimento, à dor... Não sinto atração em sofrer ou sentir dor, mas em entender aqueles que sofrem e consequentemente meu próprio sofrimento... Qual a razão de alguns sofrerem e outros não... Nessa busca, caminhei pela filosofia, religiões, psicologia procurando a resposta... Mas tudo isso só me serviu de apoio, só com o tempo começa a formar em minha mente um esboço palpável dessa busca interna e constante... Ao longo dessa caminhada de vida vou juntando histórias daqueles que cruzaram minha história e nesse mosaico vivo, vou construindo algumas respostas...
Percebo que o sofrimento, algumas vezes manifestado fisicamente em forma de doenças graves é fruto da contradição entre o que é correto em minha consciência e a atitude que tenho diante da vida, quando se cala a voz da consciência, que a meu ver sempre sabe o melhor caminho a seguir, mesmo que este caminho traga algum desconforto com aqueles que relaciono. Ao aconvardar-me, seja por não saber como agir em defesa de meus princípios ou outros fatores que não me atrevo a decifrá-los, a parte calada irá reclamar, e essa parte (a consciência) irá cobrar o seu espaço. Esse conflito entre o que a consciência diz ser correto e a atitude que tenho é o que me faz adoecer, disso concluo que a dor é ser, ser aquilo que não sou, ser aquilo que não quero, não ser aquilo que sou.
Nas diversas situações na teia de relacionamentos que envolvemos durante a vida, calamos a própria consciência em nome de alguma vantagem ou por medo de enfrentar as conseqüências de ser íntegro consigo e contrariar a expectativa que os outros têm ao “eu”, seja na relação chefe e subordinado, pais e filhos, vizinhos, conjugal. A vantagem pode ser imediata e efêmera, mas o preço é cobrado, das mais diversas formas e até que seja feito o resgate (pagamento, alinhamento entre consciência e ação) e a saúde psicológica e/ou física se equilibra novamente, terminando com o sofrimento. Nada disso é novo, de certa forma é a base filosófica descrita por Bach criador dos florais no início do século XX e definido pela psicologia moderna como psicossomática, ou seja, a somatização do que é psicológico/mental.
Mas e aqueles que fazem as piores barbáries e não tem sofrimento? É sinal que ainda não deram passagem a voz da consciência. Essa dorme e não consegue chegar ao consciente, reclamando seu espaço. Então o sofrimento é sinal de evolução, parte de quem sou reclama seu direito para parte que nego ser. Esse desconforto me fará, mesmo que a duras penas alguém melhor, mais íntegro, mais alinhado a minha consciência, ao meu eu superior.
Leandro Pereira