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By Ferramentas Blog

sábado, 30 de abril de 2011

Inquilinos de Gaia

O tempo assim como o espaço é relativo, cada ser de acordo com suas características físicas, químicas, biológicas e até mesmo filosóficas tem seu tempo de existência e seu raio de ação, ou seja, seu espaço de atuação.
A vida de uma libélula para um ser humano é efêmera, já que muitas vezes eclode pela manhã e morre ao entardecer, porém para viver aquilo que foi programada é suficiente. Uma sequóia milenar e “quase eterna” para nossos padrões de tempo e de espaço, já que cresce como um grande edifício e vive talvez milênios.
Mas entender essa dinâmica não é tão fácil assim... É necessário silêncio e silêncio é coisa rara, vivemos envolvidos em nossos barulhos: mental, físico e espiritual. Relacionamos-nos com o tempo como se ele fosse o grande inimigo a ser vencido, uma luta constante. Essa energia dispensa barulho, sons, imagens, vibração que são emanadas ao tempo e espaço e ajudam a dificultar ainda mais a comunhão com o silêncio que habilita entrar no tempo do outro.
Esse padrão é comum em nossa mãe Gaia, não sabemos entrar no tempo dessa grande mãe, e exploramos mais e mais seus espaços, suas riquezas, suas entranhas. Até mesmo nossa tecnologia causa barulho, recentemente li que se for colocado um aparelho de celular na lua, este será o sinal “extraterrestre” mais forte, ou seja, mais barulhento do universo, um universo existente a bilhões de anos segundo nossa limitada ciência e capacidade de observação.
Silenciar a boca, silenciar a mente, silenciar o espírito, silenciar nossa tecnologia não no sentido de calar, mas com a ideia de focar mais a energia para sairmos de nosso padrão egóico de vida e entrarmos no tempo do outro. Acho pertinente buscar meios para entender isso e aplicar nas relações que tenho com o meio, e como um inquilino de Gaia, buscar preservar a casa, respeitar a grande mãe, entrar em comunhão com a vida e não ver no outro algo maior nem menor que eu, mas algo a ser respeitado em sua essência...