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By Ferramentas Blog

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Sigo a luz

Fototropismo é o fenômeno que ocorre com as plantas afim de buscarem luz, um exemplo, se privarmos uma planta de luz, ela aumentará seu crescimento ou curvará o que for possível, mesmo que prejudique seu desenvolvimento afim de ter a luz necessária para seu crescimento, pois a ausência inevitávelmente acarretará na morte do vegetal. Não consigo separar o ser humano dos demais seres vivos que habitam Gaia, o mesmo ocorre para as decisões tomadas pelas mais diversas formas de vida, não consigo separar vida emocional ou psiquíca dos fênomenos físicos químicos para a manutenção da vida, seja onde for. No mistério me abandono e me deixo envolver, permito que meu sábio interior nortei-me pelos caminhos que devo percorrer. Será que a planta sabe da forma racional que desenvolvemos e aprendemos/ensinamos a pensar sobre a fotossíntese? Especulo que não... Ela apenas se entrega à sua sabedoria interior e neste "abandono" torna-se envolvida, amparada por suas leis de preservação mais profunda. O mistério nos ensina mesmo sem nos responder, a falta de conhecimento gera conhecimento a partir do experiênciar do novo, mesmo que este desbravar o mistério seja como um derramar de sofrimento sobre mim. Gosto muito da colocação que na semente silenciosa o fruto espera pra nascer, é a forma mais concreta e compreensível que entendo para externar o que tento humildemente expor neste texto. Observar a vida como um fenômeno maior em que todos comungamos das mesmas leis, muito mais que algo separado do todo, nos torna mais sábios para entendermos os ciclos que experiênciamos. Portanto, sigo a luz... Mesmo que esta luz seja um mistério... Mas sigo a luz...

Capitalismo e a crise ambiental

Acusar o capitalismo de responsável pela cisão entre sociedade e natureza é o mesmo que acusar o automóvel de vilão em decorrência da má utilização por alguns motoristas. Tanto o capitalismo (ou outro sistema econômico) como o automóvel não são bons ou ruins, são necessários! O que os torna bons ou maus é a forma que nós utilizamos. No nordeste do Brasil existe o Parque Nacional da Serra da Capivara, estrutura de primeiro mundo no sertão, lugar rico em que existem diversos registros do homem pré histórico na América do Sul, afim de facilitar a entrada do dinheiro e dos turistas foi iniciado a quase dez anos a construção de um aeroporto, graças a nossa espetácular má vontade política e falta de seriedade com o que é público as obras estão paradas e o parque em vias de fechar.Vemos que o capitalismo, a injeção de dinheiro no Parque Nacional da Serra da Capivara através do turismo seria excelente para manutenção do parque e para melhoria da qualidade de vida da comunidade em seu entorno. Porém quando utilizamos a economia para gerar escravidão, exploração e desigualdade ela torna-se ruim. Mais responsável que o capitalismo, a ciência quando abriu mão do holismo para segmentação, deixando de ver a terra como um corpo vivo, mas como um grande relógio com suas partes segmentadas, possíveis de serem exploradas e substituídas a qualquer momento, fez agravar a situação de ruptura entre nós é o meio ambiente. Toda mazela causada pelo homem nasce primeiro em sua mente, recentemente o movimento chamado de ecologia integral ou três ecologias separa didaticamente o “estudo da casa”.

Primeira ecologia:

A relação com nosso corpo e mente;

Segunda ecologia:

A relação social, ou a teia social construída pelo indivíduo;

Terceira ecologia:

Sua relação com o meio ambiente e todas as formas orgânicas ou inorgânicas em que está inserido em seu espaço.

Entendo que através deste roteiro, entraremos mais afundo na questão ecologia e só assim conseguiremos fazer mudanças importantes na nossa postura frente ao tema.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Pinheirinho: a velha luta de classes

* Fico muito feliz em postar um texto de meu bom amigo Diego Dobri, que seja o primeiro de muitos desta parceria! Leandro

Há algumas semanas atrás, podemos ver toda espécie de dor humana, configurada por abusos aos direitos humanos de pobres cidadãos, que carregam consigo a dor de milhares de brasileiros, a dor de pessoas que tiveram suas esperanças nas mudanças sociais que nosso país vem sofrendo como sendo apenas histórias de conto de fadas. Pessoas que apenas pela cor da sua pele e pela sua classe social que foge aos moldes burgueses foram sub-julgados e humilhados pelo próprio Estado que deveria ajudar-lhes na ascensão social e não jogá-los a própria sorte e a todo tipo de miséria e sofrimento.
Pessoas que com certeza sofrem a dor mais desumana que um ser humano pode vir a sofrer, a dor da própria existência. Ter de conviver todos os dias com sua perda e pagar o preço não por ter errado, mas sim o preço de todos nós termos errados, carregar consigo a dor de não ter onde morar, a dor de não ser forte o suficiente e a dor de não achar-se como pessoa, mas sim como algo que é jogado, (“despejado” seria o termo correto) a própria sorte. Esses cidadãos não tiveram direitos constitucionais assegurados, como o direito basilar a moradia, pelo contrário tiveram seus imóveis que com tanto custo construíram demolidos, junto com seus pertences que foram conseguidos ao longo de toda uma vida de humilhação e trabalho quase escravo.
As humilhações que tais cidadãos vem sofrendo não é de hoje, mas que remonta desde o começo de sua existência, pelos seus pais encarando jornadas de trabalho insalubres para poderem garantir ao menos o alimento em suas casas, a grande maioria começou a trabalhar muito antes dos seu 14 anos e escola? Bem a escola não foi o que muitos procuraram, mas sim alguma maneira de poder sobreviver com seus irmãos, parentes e afins. O que tento dizer é que ali coexistiam famílias simples, que tiveram desde cedo os seus direitos legais negados e que mesmo com todas as adversidades possíveis, não se revoltaram com Estado, pelo contrário trabalharam, lutaram, batalharam, conseguiram reunir seus entes e construir suas moradias, um lugar que ao menos pelo que pensavam era deles, alguns já estavam ali a mais de dez anos outros há oito anos, enfim.
O que de fato todos queriam era poder prosseguir com suas vidas, com seus filhos, com seus sonhos.
O grande problema nessa história que poderia ser de crescimento, cultural e econômico, pasmem foi o Estado, precisamente o Estado de São Paulo e seu Judiciário, Judiciário que é palco de algumas decisões que geram risadas entre amigos, Judiciário que consegui condenar um morador de rua a prisão domiciliar. Judiciário que também condenou milhares de famílias no Pinheirinho a todo tipo de infortúnio, que não fez um juízo de valores sobre o que seria mais importante no dito caso concreto, o direito de milhares de famílias a moradia, ou conceder a reintegração de posse a quem não faria falta alguma, um judiciário que não deu importância ao drama humano, que não levou em conta a Constituição Federal e seus direitos sociais.
Além de um governo altamente protecionista aos especuladores, Geraldo Alckmin não fez nada, não se posicionou a favor da população mas sim de um homem, a favor de Naji Nahas. O que ficou evidente em tal caso é a indiferença dos desembargadores e do governador do Estado de São Paulo frente a sua população que foi mais uma vez oprimida e levada ao carrasco, sem ter feito nada além de lutar pela sua existência, pela fé em si mesmos e nas pessoas.
Pensamentos diferentes tiveram os seus líderes, que em vez de ajudá-los fizeram o contrário, o Estado conseguiu trazê-los a uma situação pior do que a que se encontravam, se antes a vida já era difícil agora ela tem um peso impossível de ser carregado, o que se viu em tal desocupação, foram idosos, jovens e crianças sendo expulsos de seus lares a bala, por força policial. A polícia não veio com rosas, mas sim com seu aparato burocrático de repressão e como bem ilustrado pelo cartunista dos quadrinhos da Mafalda, “veio com sua borracha de apagar ideologias”, ou seja, o cassetete.

O pensamento que fica é que nós regredimos em nossos direitos em vez de promover o bem do indivíduo, promoveu-se os bens de um indivíduo em detrimento de milhares. A democracia não tem de estar apenas na Constituição, mas sim na cabeça e na mente de seus cidadãos, uma sociedade justa e livre, só será feita com cultura e debates, com flores ao invés de armas.

Diego de Oliveira Dobri
diegodobri@hotmail.com

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Decisão

O aprender é um fenômeno constante e muitas vezes inconsciente. Nascemos e necessariamente precisamos de alguém que nos cuide, ao contrário de muitos animais que desde os primórdios de sua existência já são independentes, nós demoramos um bom tempo para dispensarmos a atenção de outro ou outros e arriscarmos a dar nossos próprios passos sozinhos.
Até mesmo no aspecto biológico especialmente no que se refere à formação neurológica e também psicológica, este é o período de maior aprendizagem do ser humano. Quando temos a sorte de ser inseridos num meio de pessoas que tenham noção de suas limitações e incentive nossa capacidade de acreditar em nós mesmos além de favorecer a tornarmos independentes, já estaremos aprendendo da forma mais adequada e mais fácil será corrigir rotas no futuro... Mas nem sempre somos inseridos neste meio “equilibrado” e absorvemos como nosso as mazelas do meio social em que surgimos.
Por muito tempo (algumas vezes por uma vida toda) podemos reproduzir verdades aprendidas neste primeiro contexto social vivido sem termos capacidade de reconhecer como algo descontextualizado, não agimos, apenas reagimos e cada vez que reafirmamos esta estória vivida nos primórdios de nossa existência, mais reforçamos a crença criada a partir disso. A história se reedita, pode-se até mudar os personagens, mas o enredo sempre será o mesmo.
Num primeiro nível este fenômeno é familiar, porém podemos estender às comunidades, até mesmo nações, criando corpos coletivos, com direito a personalidade própria. Pensemos em determinadas nações, algumas “arrogantes” outras “educadas”, umas “violentas” outras “pacifistas”... E por aí vai... Existem as cidades planejadas, que tem pessoas que pensaram e continuam pensando em sua existência, como torná-las arrojadas. Existem também as cidades desorganizadas, crescendo desordenadamente, refletindo a desorganização daquele corpo coletivo que forma a cidade.
Embora o aprender seja contínuo, inconsciente e gerará invariavelmente padrões de comportamento, este fenômeno sempre ocorrerá a partir de uma decisão, a decisão pode também ser inconsciente, mas sempre existirá a decisão. Não é questão de escolha certa ou errada, mas das opções disponíveis em determinado momento, dentro desta perspectiva aquilo que é a decisão correta frente á situação, pode deixar de ser sobre outra condição, aí cabe decidir novamente, ter ciência da dinâmica das coisas e resignificar nossas decisões passadas.
Para aqueles que vemos em estágios primitivos, incapazes de fazer esta dinâmica do relativizar, reavaliar, resignificar, cabe-nos ajudar sem impor, estender a mão ou o ombro afim de que tenham força para caminhar, mas jamais poderemos (mesmo que queiramos ) fazer o caminho do outro pelo outro, o caminho se faz caminhando, o crescimento é um processo individual e solitário, as decisões são de cunho íntimo... Mas se precisar de um amigo, coloquemos a disposição. Para nós, que saibamos resignificar os significados passados já sem sentido ou distorcidos da realidade. Para aquilo que ainda não vemos, que estejamos abertos á identificar e mudar a história quando possível e necessário.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Paisagem mental

Assisti recentemente a uma entrevista com o Lama Padma Samten onde ele enfatizou sobre o que é e como age a paisagem mental. Realidade mais sutil que dará sentido e significado à nossa volta. O que experienciamos com nossos olhos, ouvidos, paladar, tato, olfato e sentimetos, necessariamente busca no mundo interno referência, ou seja, o mundo exterior será reflexo a paisagem mental que carregamos em nosso mundo interno. Independente de saber ou não sobre a existência desta realidade mais sutil que carregamos, ela continuará a existir e ditar nossa postura frente ao nosso entorno, tomar consciência da paisagem mental é um grande avanço para mudança da nossa forma de se relacionar com o mundo, pois não iremos mais tentar mudar o leito do rio, mas trabalharemos na fonte, na nascente. A mudança se dará de dentro para fora, e assim será efetivamente realizada, o contrário, a mudança de fora para dentro, até poderá fazer alguma mudança na gênese, mas será muito mais difícil. O mundo externo é reflexo daquilo que carregamos, mude a paisagem, o mundo entorno também mudará!

sábado, 31 de dezembro de 2011

Cada ponto de vista, a vista de um ponto!

Algum tempo atrás tive a oportunidade de assistir e interagir com algo que gerou e gera desdobramentos sobre o que vemos e aquilo que os seres á nossa volta vêem em nós. Certo dia andando em um corredor largo e comprido, iluminado por janelas amplas envidraçadas com vidros transparentes que davam para grandes e velhas árvores plantadas no jardim, visualizei uma pequnena ave desesperada a tentar "furar" o vidro para ganhar a liberdade, de alguma forma ela adentrou este corredor pelas janelas abertas, ao perceber estar encarcerada neste lugar exótico para ela (um corredor), tentou sair por onde provinha a luz e mostrava seu ambiente natural logo perto, ou seja, a janela. Ela insistia num único ponto de vidro, e quanto mais lutava para desfazer aquela barreira assombrosa que a detia a tão poucos centímetros da liberdade, mais desesperada e mais energia gastava batendo as assas. Fico a imaginar sua percepção daquilo que a limitava, talvez pensasse ser fruto de algum sortilégio este mistério que a barrava caso usasse do raciocínio dos humanos, mas certamente este não era o caso. Sendo alta estas janelas, não conseguia alcançar a avezinha com meus braços, procurei algo grande o suficiente na tentativa de ajudá-la a sair, eu sabia que ela estava iludida pelo que via, do ângulo que a encontrava não permitia visualizar outras possibilidades como eu visializava olhando de mais distante. Ao conseguir algo que a fizesse sair daquela relativa inércia em determinado ponto, deparei-me com a limitação que também tinha, a dificuldade de orientar aquele animalzinho com as ferramentas que eu tinha em mãos, tinha a solução, sabia o que fazer para que aquela criaturinha encontrasse a liberdade, porém a forma de comunicar-me e conduzir a tão pequenina ave era limitado. Depois de várias tentativas e ter feito o bichinho sair daquele padrão de comportamento que o fazia agir da mesma forma para resolver seu problema, a pequena ave encontrou seu caminho e ganhou os céus...
No seu ponto de vista a ave não era capaz de ver além, já em meu ponto de vista eu tinha a solução para seu problema, algo tão complexo e até então sem solução para ela, já pra mim algo absurdamente simples, porém ao tentar ajudar ví-me também limitado, pois não dependia exclusivamente de mim, pelo contrário, eu poderia orientar, mas a ação de encontrar a saída era da avezinha.
Creio que nós humanos e os demais seres que dividem conosco nossa Gaia, estão em níveis de evolução distintos, logo, aquilo que nos limita, é algo extremanete simples para alguns que nos observam, serenizar a mente e o ser, sintonizar estes seres pode ser a forma mais razoável para transcender as limitações ainda misteriosas para nós, porém extremanete simples para aqueles mais evoluídos que nos assistem, e ser estes olhos para aqueles que precisam de apoio pra transcender sua temporária limitação também faz parte desta grande evolução coletiva que vivemos, todos os seres formando um único corpo coletivo, criando o karma ou Dharma, gerando o grande inconsciente coletivo que nos rodeia o tempo todo, com soluções e problemas acessíveis a todos que estejam sintonizados a este. Sintonizados á algo todos estamos, basta escolher que sintonia almejamos, seja para a solução ou para ou não. Paz e Bem!

domingo, 27 de novembro de 2011

Transcender

Me permita a conduzi-lo ou conduzi-la por aquilo que acredito que trazemos em essência, porém essa essência passa boa parte do tempo em nós dormente. Você já teve a oportunidade de estar em alguma cerimônia fúnebre onde visivelmente tabus e barreiras eram derrubadas por algumas pessoas que se declaravam ao amigo ou amiga que partiu? Ou você já viu em alguma rede social declarações apaixonadas a esta pessoa ausente? Eu já vivenciei as duas situações, e pude ver que a partir do movimento de uma força descomunal, no caso a falta física de alguém, emergiu-se o que chamo de essência da vida, algo além dos tabus e convenções sociais e naturais, algo que transcende qualquer lógica cartesiana. Creio que não erraria se associasse este movimento ao de uma placa tectônica, grande energia é utilizada, porém seus efeitos são profundos e controem nova ordem física às coisas, algumas vezes crava-se feridas profundas que destas brotam lava quente que a tudo destroe afim de reestruturar totalmente a vida na crosta terrestre. Assim como em alguns casos esta lava quente reestrutura plenamente a superfície, dependendo da intensidade das experiências que vivenciamos, somos lavados por algo parecido a magma, nossa superfície é totalmente modificada a partir de algo que vem de dentro. Me pergunto, será necessário crescermos apenas com as dores, rupturas da vida? Como viver em conexão, comunhão com este estado de plenitude transcendente? Você já identificou este estado e viveu algo parecido? Espero que sim... E que tenha se tornado mais bonitooue bonita a partir desta experiência... Nemastê!