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By Ferramentas Blog

domingo, 30 de janeiro de 2011

Amar é...

O amor está na moda... As artes adoram usá-lo como fonte de inspiração para suas criações, poemas, musicais, filmes, poesia... Mas não está limitado a este meio "intelectualizado" o amor também está nas religiões, nas conversas de esquina, nas conversas cotidianas do iletrado ao doutor, do jovem ao velho, do rico ao pobre... Mas o que é o amor? É limitado aos seres humanos? Será fruto da capacidade intelecetual humana ou seria algo que transcende nossa capacidade e portanto "vemos em parte" até que possamos "vê-lo face a face"?
O que move o homem não é a resposta mas sim a dúvida, abraçado às minhas indagações fui encontrando respostas ao longo da vida sobre este tema que intriga tanto nossa espécie.
A palavra amor é muito limitada para a gama de situações que à utilizamos... Nosso amor etimologicamente vem do latim. Porém no grego o amor divide-se em três palavras distintas: eros, philus e ágape. Eros refere-se ao amor conjugal, pautado pela paixão, atração física, e este amor utiliza-se da sexualidade como forma de manifestar-se. Já o philus não tem na sexualidade seu meio de aproximação, este explica o companheirismo, a camaradagem, de certa forma é um amor pautado na troca, eu ajudo alguém na certeza que posso confiar que o outro um dia retribuirá caso haja necessidade. O ágape é além, ama por opção de amar, sem esperar que o outro retribua de qualquer forma, mesmo não sendo amado pelo outro continua-se a amar.
Embora a definição grega de amor seja bem mais lógica, ela ainda não respondia algumas perguntas... Recentemente li um texto do lama Michel que explicou de forma simples e clara o que é amar, segundo ele amar é desejar ao outro de forma genuína e gratuita seu bem, sua evolução sem esperar nada em troca, portanto pode ser algo "a primeira vista" e treinado, estímulado. Já Roberto e Erasmo disseram na música pensamentos: "Quem me dera que as pessoas que se encontram, se abraçassem como velhos conhecidos,descobrissem que se amam e se unissem na verdade dos amigos e no topo do universo uma bandeira, estaria no infinito iluminada, pela força desse amor, luz verdadeira dessa paz tão desejada".
Desque ouvi esta música algo me despertou e fez-me chegar a conclusão que amar é genuíno e inerente à criação, já nascemos com o amor como item de série. Basta optar por amar, o tempo é convenção humana, a única necessidade para amar é saber da existência do outro, uma vez ciente de sua existência já lhe amo e podemos nos abraçar como velhos amigos... Isso é o ágape ao meu entendimento. Porém não pode-se confundir ágape com mulher de malandro, amor não significa total aprovação aos devaneios alheios, pelo contrário, isso é doença, assim como felicidade não se pode confundir com alegria festiva amor não pode confundir com aprovação incondicional ao outro. A opção amar é sempre individual e não necessariamente necessita da aprovação do outro, desde que já se tenha atingido o ágape, enquanto tiver no eros e no philus ainda será necessário a "autorização" do outro para que o processo se complete. O ágape é a plenitude daquilo que já somos, mais um passo em nossa caminhada evolutiva.

Um comentário:

  1. Lindo texto Leandro, fiquei verdadeiramente emocionado, muito bom obrigado pelo prazer desta leitura!!!!

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