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By Ferramentas Blog

sábado, 11 de junho de 2011

Minha criança interior


O essêncial é invisível aos olhos! Não me passa melhor afirmação do que esta tirada do livro Pequeno princípe para iniciar este texto. Pretendo falar da criança interior, aquele ser maravilhoso e pleno que cada criatura carrega em sí, aquele que é todo alegria, transparência e vitalidade... Mas que com o tempo vai sendo sufocada pelas máscaras que usamos e de criança feliz torna-se criança magoada. Quanto mais novos somos, menos condicinamentos temos, ainda não estamos plenamente inseridos no conjunto de códigos criados pelo social, simplesmente existimos. A criança interior e o ser exterior que sou eu nos confundimos. Quanto mais somos inseridos no contexto social, mais aprendemos a arte de jogar para ser parte da sociedade, mais nos separamos dessa essência chamada criança interior, e nisso sempre sentimos a falta de algo, mais procuramos este algo no mundo e mais frustrados vamos ficando... O encontro entre estes dois seres agora separados será fundamental para a realização deste indivíduo. Como diz a frase que iniciei este texto, o essêncial é invisível aos olhos, não existe alguém mais importante que a criança que carrego, a criança que você carrega, ela é única, especial, linda, alegre e é essêncial, porém é invisível aos nossos olhos condicionados ao lógico, ao racional, ao mensurável... Tomar conhecimento deste ser maravilhoso que temos em nós demanda silêncio, seria como estar inserido num furacão, sair das bordas deste furacão e entrar até o seu interior onde reina a calmaria, criar o silêncio em meio ao caos e reconhecer a existência deste ser iluminado. Esta criança na maioria das vezes está machucada, angustiada, triste e solitária por não ser acolhida e reconhecida, mais que isso, amparada. Quando se reconhece esta criança, se aceita como ela é, não a julga nem tão pouco a rotula, ela torna-se viva novamente e entramos em comunhão com nossa essência divina, tomamos do mesmo cálice e resgatamos a arte de ser autênticos, serenos, dóceis... Isso não quer dizer ser passivo e submisso, mas ter a paz e alegria necessárias para fazer o que é preciso sem dúvida ou medo. Acredito que só serei capaz de amar o outro em sua plenitude e em sua verdade a partir do amor que tenho por minha criança interior, talvez por isso que a tradição cristã afirma ser necessário amar ao outro como a sí mesmo... É impossível amar alguém mais que este alguém que carrego... A comunhão resgatada com esta criança maravilhosa será a comunhão com todos os seres do universo, através deste ser divino que carrego amarei a todos os seres plenamente...

Um comentário:

  1. "Tomar conhecimento deste ser maravilhoso que temos em nós demanda silêncio, seria como estar inserido num furacão, sair das bordas deste furacão e entrar até o seu interior onde reina a calmaria, criar o silêncio em meio ao caos e reconhecer a existência deste ser iluminado."

    Concordo que os caminhos que levam à reflexão e ao auto-conhecimento sejam mesmo mto tortuosos, confusos e difíceis de percorrer. Porém, vale a pena embrenhar-se por eles e até pagar o preço da solidão pra estar consigo mesmo.

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