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By Ferramentas Blog

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Decisão

O aprender é um fenômeno constante e muitas vezes inconsciente. Nascemos e necessariamente precisamos de alguém que nos cuide, ao contrário de muitos animais que desde os primórdios de sua existência já são independentes, nós demoramos um bom tempo para dispensarmos a atenção de outro ou outros e arriscarmos a dar nossos próprios passos sozinhos.
Até mesmo no aspecto biológico especialmente no que se refere à formação neurológica e também psicológica, este é o período de maior aprendizagem do ser humano. Quando temos a sorte de ser inseridos num meio de pessoas que tenham noção de suas limitações e incentive nossa capacidade de acreditar em nós mesmos além de favorecer a tornarmos independentes, já estaremos aprendendo da forma mais adequada e mais fácil será corrigir rotas no futuro... Mas nem sempre somos inseridos neste meio “equilibrado” e absorvemos como nosso as mazelas do meio social em que surgimos.
Por muito tempo (algumas vezes por uma vida toda) podemos reproduzir verdades aprendidas neste primeiro contexto social vivido sem termos capacidade de reconhecer como algo descontextualizado, não agimos, apenas reagimos e cada vez que reafirmamos esta estória vivida nos primórdios de nossa existência, mais reforçamos a crença criada a partir disso. A história se reedita, pode-se até mudar os personagens, mas o enredo sempre será o mesmo.
Num primeiro nível este fenômeno é familiar, porém podemos estender às comunidades, até mesmo nações, criando corpos coletivos, com direito a personalidade própria. Pensemos em determinadas nações, algumas “arrogantes” outras “educadas”, umas “violentas” outras “pacifistas”... E por aí vai... Existem as cidades planejadas, que tem pessoas que pensaram e continuam pensando em sua existência, como torná-las arrojadas. Existem também as cidades desorganizadas, crescendo desordenadamente, refletindo a desorganização daquele corpo coletivo que forma a cidade.
Embora o aprender seja contínuo, inconsciente e gerará invariavelmente padrões de comportamento, este fenômeno sempre ocorrerá a partir de uma decisão, a decisão pode também ser inconsciente, mas sempre existirá a decisão. Não é questão de escolha certa ou errada, mas das opções disponíveis em determinado momento, dentro desta perspectiva aquilo que é a decisão correta frente á situação, pode deixar de ser sobre outra condição, aí cabe decidir novamente, ter ciência da dinâmica das coisas e resignificar nossas decisões passadas.
Para aqueles que vemos em estágios primitivos, incapazes de fazer esta dinâmica do relativizar, reavaliar, resignificar, cabe-nos ajudar sem impor, estender a mão ou o ombro afim de que tenham força para caminhar, mas jamais poderemos (mesmo que queiramos ) fazer o caminho do outro pelo outro, o caminho se faz caminhando, o crescimento é um processo individual e solitário, as decisões são de cunho íntimo... Mas se precisar de um amigo, coloquemos a disposição. Para nós, que saibamos resignificar os significados passados já sem sentido ou distorcidos da realidade. Para aquilo que ainda não vemos, que estejamos abertos á identificar e mudar a história quando possível e necessário.

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