Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida. (Frases e Pensamentos de CARL GUSTAV JUNG)
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Paisagem mental
Assisti recentemente a uma entrevista com o Lama Padma Samten onde ele enfatizou sobre o que é e como age a paisagem mental. Realidade mais sutil que dará sentido e significado à nossa volta. O que experienciamos com nossos olhos, ouvidos, paladar, tato, olfato e sentimetos, necessariamente busca no mundo interno referência, ou seja, o mundo exterior será reflexo a paisagem mental que carregamos em nosso mundo interno. Independente de saber ou não sobre a existência desta realidade mais sutil que carregamos, ela continuará a existir e ditar nossa postura frente ao nosso entorno, tomar consciência da paisagem mental é um grande avanço para mudança da nossa forma de se relacionar com o mundo, pois não iremos mais tentar mudar o leito do rio, mas trabalharemos na fonte, na nascente. A mudança se dará de dentro para fora, e assim será efetivamente realizada, o contrário, a mudança de fora para dentro, até poderá fazer alguma mudança na gênese, mas será muito mais difícil. O mundo externo é reflexo daquilo que carregamos, mude a paisagem, o mundo entorno também mudará!
sábado, 31 de dezembro de 2011
Cada ponto de vista, a vista de um ponto!
Algum tempo atrás tive a oportunidade de assistir e interagir com algo que gerou e gera desdobramentos sobre o que vemos e aquilo que os seres á nossa volta vêem em nós. Certo dia andando em um corredor largo e comprido, iluminado por janelas amplas envidraçadas com vidros transparentes que davam para grandes e velhas árvores plantadas no jardim, visualizei uma pequnena ave desesperada a tentar "furar" o vidro para ganhar a liberdade, de alguma forma ela adentrou este corredor pelas janelas abertas, ao perceber estar encarcerada neste lugar exótico para ela (um corredor), tentou sair por onde provinha a luz e mostrava seu ambiente natural logo perto, ou seja, a janela. Ela insistia num único ponto de vidro, e quanto mais lutava para desfazer aquela barreira assombrosa que a detia a tão poucos centímetros da liberdade, mais desesperada e mais energia gastava batendo as assas. Fico a imaginar sua percepção daquilo que a limitava, talvez pensasse ser fruto de algum sortilégio este mistério que a barrava caso usasse do raciocínio dos humanos, mas certamente este não era o caso. Sendo alta estas janelas, não conseguia alcançar a avezinha com meus braços, procurei algo grande o suficiente na tentativa de ajudá-la a sair, eu sabia que ela estava iludida pelo que via, do ângulo que a encontrava não permitia visualizar outras possibilidades como eu visializava olhando de mais distante. Ao conseguir algo que a fizesse sair daquela relativa inércia em determinado ponto, deparei-me com a limitação que também tinha, a dificuldade de orientar aquele animalzinho com as ferramentas que eu tinha em mãos, tinha a solução, sabia o que fazer para que aquela criaturinha encontrasse a liberdade, porém a forma de comunicar-me e conduzir a tão pequenina ave era limitado. Depois de várias tentativas e ter feito o bichinho sair daquele padrão de comportamento que o fazia agir da mesma forma para resolver seu problema, a pequena ave encontrou seu caminho e ganhou os céus...
No seu ponto de vista a ave não era capaz de ver além, já em meu ponto de vista eu tinha a solução para seu problema, algo tão complexo e até então sem solução para ela, já pra mim algo absurdamente simples, porém ao tentar ajudar ví-me também limitado, pois não dependia exclusivamente de mim, pelo contrário, eu poderia orientar, mas a ação de encontrar a saída era da avezinha.
Creio que nós humanos e os demais seres que dividem conosco nossa Gaia, estão em níveis de evolução distintos, logo, aquilo que nos limita, é algo extremanete simples para alguns que nos observam, serenizar a mente e o ser, sintonizar estes seres pode ser a forma mais razoável para transcender as limitações ainda misteriosas para nós, porém extremanete simples para aqueles mais evoluídos que nos assistem, e ser estes olhos para aqueles que precisam de apoio pra transcender sua temporária limitação também faz parte desta grande evolução coletiva que vivemos, todos os seres formando um único corpo coletivo, criando o karma ou Dharma, gerando o grande inconsciente coletivo que nos rodeia o tempo todo, com soluções e problemas acessíveis a todos que estejam sintonizados a este. Sintonizados á algo todos estamos, basta escolher que sintonia almejamos, seja para a solução ou para ou não. Paz e Bem!
No seu ponto de vista a ave não era capaz de ver além, já em meu ponto de vista eu tinha a solução para seu problema, algo tão complexo e até então sem solução para ela, já pra mim algo absurdamente simples, porém ao tentar ajudar ví-me também limitado, pois não dependia exclusivamente de mim, pelo contrário, eu poderia orientar, mas a ação de encontrar a saída era da avezinha.
Creio que nós humanos e os demais seres que dividem conosco nossa Gaia, estão em níveis de evolução distintos, logo, aquilo que nos limita, é algo extremanete simples para alguns que nos observam, serenizar a mente e o ser, sintonizar estes seres pode ser a forma mais razoável para transcender as limitações ainda misteriosas para nós, porém extremanete simples para aqueles mais evoluídos que nos assistem, e ser estes olhos para aqueles que precisam de apoio pra transcender sua temporária limitação também faz parte desta grande evolução coletiva que vivemos, todos os seres formando um único corpo coletivo, criando o karma ou Dharma, gerando o grande inconsciente coletivo que nos rodeia o tempo todo, com soluções e problemas acessíveis a todos que estejam sintonizados a este. Sintonizados á algo todos estamos, basta escolher que sintonia almejamos, seja para a solução ou para ou não. Paz e Bem!
domingo, 27 de novembro de 2011
Transcender
Me permita a conduzi-lo ou conduzi-la por aquilo que acredito que trazemos em essência, porém essa essência passa boa parte do tempo em nós dormente. Você já teve a oportunidade de estar em alguma cerimônia fúnebre onde visivelmente tabus e barreiras eram derrubadas por algumas pessoas que se declaravam ao amigo ou amiga que partiu? Ou você já viu em alguma rede social declarações apaixonadas a esta pessoa ausente? Eu já vivenciei as duas situações, e pude ver que a partir do movimento de uma força descomunal, no caso a falta física de alguém, emergiu-se o que chamo de essência da vida, algo além dos tabus e convenções sociais e naturais, algo que transcende qualquer lógica cartesiana. Creio que não erraria se associasse este movimento ao de uma placa tectônica, grande energia é utilizada, porém seus efeitos são profundos e controem nova ordem física às coisas, algumas vezes crava-se feridas profundas que destas brotam lava quente que a tudo destroe afim de reestruturar totalmente a vida na crosta terrestre. Assim como em alguns casos esta lava quente reestrutura plenamente a superfície, dependendo da intensidade das experiências que vivenciamos, somos lavados por algo parecido a magma, nossa superfície é totalmente modificada a partir de algo que vem de dentro. Me pergunto, será necessário crescermos apenas com as dores, rupturas da vida? Como viver em conexão, comunhão com este estado de plenitude transcendente? Você já identificou este estado e viveu algo parecido? Espero que sim... E que tenha se tornado mais bonitooue bonita a partir desta experiência... Nemastê!
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Silenciar os sentidos
Diariamente deparamo-nos com os mais variados estímulos, cores, sons, cheiros, sabores e por aí vai... A televisão e a internet são grandes máquinas feitas para provocar os sentidos visuais e sonoros e a partir deles criarmos as mais variadas sensações, emoções ou até ações... Curioso que alguns chamam a TV de babá eletrônica, ou seja, desde a infância somos condicionados a termos nossos sentidos hipnotizados por ela.
Será que nessa vida condicionada ao midiático, ao televisivo, sabemos conviver conosco mesmo? Creio que boa parte das pessoas não sabem... Fato é que algumas pessoas afirmam não saberem ficar só, precisam sempre ter alguém que as entretenha ou apenas as escute, pois precisam falar muito, as vezes nem sabem ouvir. No livro de Bel Cesar, (O livro das emoções), ela afirma que quando não sabemos nos acolher em nossas dificuldades, tendemos buscar este amparo nos outros, ou seja, vamos lamentar de nossa miséria na cabeça daqueles que temos acesso com a intenção de buscar esta compaixão que em princípio deveríamos ter de nós mesmos caso fossemos educados para a arte de nos conhecer, nos ouvir.
Conhecer-se para acolher-se demanda silêncio aos estímulos externos, dizer as fontes externas que elas são importantes, mas não podem dominar o espaço interno, pois aí está a essência do ser em si, a bussola interna que norteia os caminhos a seguir...
“No silêncio uma catedral, um templo em mim, onde eu possa ser imortal”. Ao romper com a escravidão das demandas externas, o silêncio que em princípio era incomodo, este mostra-se toda sua sacralidade, fonte de paz e tranquilidade onde brota todas as respostas assim como uma fonte de água limpa brota entre pedras no alto de uma montanha. Ao longo da história, místicos se destacaram como avatares pela capacidade de entrar em comunhão consigo mesmo através do silêncio e depois voltar ao mundo dos ruídos e externar tais experiências.
Em cada ser através do silêncio, um santuário, um lugar revestido de sacralidade, onde se prova da eternidade. Este lugar existe sim... E resiste por mais que os ventos façam barulho em torno deste templo fora do tempo...
Será que nessa vida condicionada ao midiático, ao televisivo, sabemos conviver conosco mesmo? Creio que boa parte das pessoas não sabem... Fato é que algumas pessoas afirmam não saberem ficar só, precisam sempre ter alguém que as entretenha ou apenas as escute, pois precisam falar muito, as vezes nem sabem ouvir. No livro de Bel Cesar, (O livro das emoções), ela afirma que quando não sabemos nos acolher em nossas dificuldades, tendemos buscar este amparo nos outros, ou seja, vamos lamentar de nossa miséria na cabeça daqueles que temos acesso com a intenção de buscar esta compaixão que em princípio deveríamos ter de nós mesmos caso fossemos educados para a arte de nos conhecer, nos ouvir.
Conhecer-se para acolher-se demanda silêncio aos estímulos externos, dizer as fontes externas que elas são importantes, mas não podem dominar o espaço interno, pois aí está a essência do ser em si, a bussola interna que norteia os caminhos a seguir...
“No silêncio uma catedral, um templo em mim, onde eu possa ser imortal”. Ao romper com a escravidão das demandas externas, o silêncio que em princípio era incomodo, este mostra-se toda sua sacralidade, fonte de paz e tranquilidade onde brota todas as respostas assim como uma fonte de água limpa brota entre pedras no alto de uma montanha. Ao longo da história, místicos se destacaram como avatares pela capacidade de entrar em comunhão consigo mesmo através do silêncio e depois voltar ao mundo dos ruídos e externar tais experiências.
Em cada ser através do silêncio, um santuário, um lugar revestido de sacralidade, onde se prova da eternidade. Este lugar existe sim... E resiste por mais que os ventos façam barulho em torno deste templo fora do tempo...
domingo, 28 de agosto de 2011
Ser diferente é normal!
Certa vez vi duas crianças na rua que me fizeram viajar pelo tema “diferença”. Admito que elas ainda vivem em meu imaginário e por aqui constroem edificações... A estória foi o seguinte: ao caminhar numa rua central da cidade, ao cair da noite em frente a um supermercado, havia uma mãe sentada á porta deste estabelecimento com uma criança pedindo esmola, ambos com roupas gastas e já suados pois imagino que estavam neste local a algumas horas. Horário de muito movimento de pessoas e carros, talvez ninguém tenha se atentado para eles ali a pedir alguma coisa. Criança é criança, por mais complicado que seja o contexto em que está inserida, ela não perde a capacidade de ater-se ao que lhe interessa, ao mundo da imaginação, ao lúdico, a brincadeira. Em meio a multidão que transitava por este espaço, passou uma mulher, creio que seja a mãe de mãos dadas à criança na mesma faixa etária do menino sentado a pedir algo aos que passavam. Era visível a diferença econômica naquele momento de ambas mulheres e crianças, os que passavam estavam socialmente mais apresentáveis frente aos que estavam a pedir. O que os unia até o momento eram ambas mulheres (possivelmente mães) juntos de suas crianças que aparentemente tinham a mesma idade.
Como as crianças estavam no chão e existe um limite físico que as obrigam a viverem em uma dimensão diferente dos adultos, pois ao contrário da maioria dos adultos com seus "metro e setenta", elas tem vêem o mundo de bem mais baixo, talvez isso as permita viverem neste mundo mágico, pois suas cabeças estão “fora da zona de vibração tensa” em que vive a cabeça dos adultos... Ambas se olharam e logo começaram a interagir, não houve pergunta sobre o nome, ou julgamento pela forma que se apresentavam, aparentemente uma viu na outra o que importava, a “máscara social” não tinha importância. Logo ambas mulheres seguraram e arrastaram seus filhos para próximo de si e ambas crianças se distanciaram em meio a multidão, uma olhando a outra...
Tudo isso não passou de poucos segundos, quem sabe um minuto... Mas não tive como deixar de observar como nascemos acostumados com o diferente e gostamos de nos relacionar com o diferente, acredito que culturalmente vamos desaprendendo esta nobre verdade e desapegando desta essência e cria-se as castas, sábias palavras escritas no livro daquele pequeno príncipe vindo de um planetinha distante... “O essencial é invisível ao olhos”.
Arrisco a pensar na sombra proposta por Jung, trazemos um pouco do "todo" em nós, cada vez que tentamos negar este "todo", o suprimimos no outro aquilo que negamos em nós mesmos, isso torna-se sombra que nos acompanhará dia e noite, se manifestará constantemente... Se algo nos provoca até permitirmos dispensar energia para destruir, é por quê aquilo também mora em mim e não aceito esta realidade.
Se observarmos os jardins construídos nas praças e em nossas casa vemos a simetria, padronização, gasta-se muitas vezes água, fertilizantes e defensivos afim de dar vida às plantas. Ao observarmos ás matas, especialmente aquelas preservadas vemos o diferente convivendo lado a lado em perfeito equilíbrio... Talvez se observássemos mais, praticássemos mais vezes a ação pela não ação, viveríamos melhores em harmonia, sabendo que todos somos um nesta grande Gaia.
Concluo com as sábias palavras escritas por Roberto e Erasmo em “Pensamentos”: “Se as cores se misturam pelos campos, é que flores diferentes vivem juntas, e a voz dos ventos na canção de Deus responde todas as perguntas”.
Como as crianças estavam no chão e existe um limite físico que as obrigam a viverem em uma dimensão diferente dos adultos, pois ao contrário da maioria dos adultos com seus "metro e setenta", elas tem vêem o mundo de bem mais baixo, talvez isso as permita viverem neste mundo mágico, pois suas cabeças estão “fora da zona de vibração tensa” em que vive a cabeça dos adultos... Ambas se olharam e logo começaram a interagir, não houve pergunta sobre o nome, ou julgamento pela forma que se apresentavam, aparentemente uma viu na outra o que importava, a “máscara social” não tinha importância. Logo ambas mulheres seguraram e arrastaram seus filhos para próximo de si e ambas crianças se distanciaram em meio a multidão, uma olhando a outra...
Tudo isso não passou de poucos segundos, quem sabe um minuto... Mas não tive como deixar de observar como nascemos acostumados com o diferente e gostamos de nos relacionar com o diferente, acredito que culturalmente vamos desaprendendo esta nobre verdade e desapegando desta essência e cria-se as castas, sábias palavras escritas no livro daquele pequeno príncipe vindo de um planetinha distante... “O essencial é invisível ao olhos”.
Arrisco a pensar na sombra proposta por Jung, trazemos um pouco do "todo" em nós, cada vez que tentamos negar este "todo", o suprimimos no outro aquilo que negamos em nós mesmos, isso torna-se sombra que nos acompanhará dia e noite, se manifestará constantemente... Se algo nos provoca até permitirmos dispensar energia para destruir, é por quê aquilo também mora em mim e não aceito esta realidade.
Se observarmos os jardins construídos nas praças e em nossas casa vemos a simetria, padronização, gasta-se muitas vezes água, fertilizantes e defensivos afim de dar vida às plantas. Ao observarmos ás matas, especialmente aquelas preservadas vemos o diferente convivendo lado a lado em perfeito equilíbrio... Talvez se observássemos mais, praticássemos mais vezes a ação pela não ação, viveríamos melhores em harmonia, sabendo que todos somos um nesta grande Gaia.
Concluo com as sábias palavras escritas por Roberto e Erasmo em “Pensamentos”: “Se as cores se misturam pelos campos, é que flores diferentes vivem juntas, e a voz dos ventos na canção de Deus responde todas as perguntas”.
domingo, 31 de julho de 2011
Transição dos filhos de Gaia
Estamos em um acelerado processo de evolução, não necessariamente ou estritamente biológico, mas de consciência. Em poucas décadas deparamos com diversas personalidades como Frijof Capra, Nise da Silveira, com várias teorias como os campos mórficos, a ideia de Gaia, o inconsciente coletivo. Como grande apoio a esta mudança de era, surge a popularização digital, hoje muitos filhos de Gaia, ou seja, Nós, somos cidadãos do mundo, mesmo com pouco dinheiro e sem sair de casa, relacionamos-nos com pessoas dos quatro cantos do mundo (se é que um globo possuí canto!). Vou usar a saga de nosso Herói “Ariel”, o Leão de Deus (isso é o que significa este nome) para exemplificar minhas conclusões da atualidade.
Esta não é uma história isolada, pois tive em minha casa o cãozinho Tistu que também viveu uma história parecida com a do Leão Ariel, também partindo aos três anos de idade. Portanto “Ariel” ao meu ver é um ícone ou um arquétipo da existência do sofrimento animal, da existência do amor entre espécies distintas (homem, cão, leão, etc...) e da certeza para grande maioria das pessoas que a vida é muito mais que supomos e é uma hipocrisia teocêntrica reservar “o céu” apenas à espécie humana. Desde criança me incomodava com isso, até que sozinho cheguei a conclusão que esta história pregada pela religião e pelos religiosos era tagarelice de quem não sabe nem quem é si mesmo. Estamos no alvorecer de uma era voltada à ecologia integral, aquela ecologia que torna nossa espécie humana mais critica de si, questionando-se, reconstruindo-se, conhecendo sua casa como um todo, sua alma, sua espécie e a comunhão com os demais seres que dividem o planeta terra. Não é por acaso que as estruturas que concentravam o poder estão ruindo, movimentos das mais diversas naturezas estão pleiteando seu espaço, minorias estão tendo coragem em se auto afirmar. Vejo neste movimento uma catarse necessária para que o que estava escondido apareça, o que não era público, torne conhecido. Comentários postados logo após a passagem de Ariel para planos mais sutis, postados nas redes sociais deixam claro que muitas pessoas reconhecem a evolução como lei universal de todas as espécies, veja parte de uma matéria retirada do UOL: “Entre expressões como “gatão”, “lindão”, “guerreiro”, “embaixador na união mundial” e outro termo, Ariel também tem destino certo, na opinião dos internautas: “Oww lindão, vai brilhar lá com todos os outros anjinhos, vai correr lá no céu dos animais e brincar com seus amiguinhos!!”, seguida de outra mensagem, na mesma linha: “Uma vez ouvi que existe céu dos cachorros....deve existir céu do leões...e ele já deve ter achado o lugarzinho dele e tá pulando, pulando, como ele fazia aqui....”. Para outro usuário, “ele está ao lado de São Francisco”.
Talvez o mal embora pareça ter aumentado, ele continua como sempre existiu, porém como estamos mais iluminados, mais nos incomodamos com as misérias AINDA existentes em nosso meio, mas a luz aumenta, cada vez mais vemos e valorizamos a vida e o amor em todas as suas manifestações, mais sabemos que todos somos um e estamos inevitavelmente interligados numa grande teia cósmica amorosa... Portanto, obrigado Arieis, Tistus e tantos outros que mesmo no anonimato nos deram e dão uma grande lição de evolução... Não acredito no céu dos cachorros, dos leões, das pessoas... Acredito no céu dos seres evoluídos, onde todos são plenos pelo amor... Termino com as palavras do mais arrojado ecólogo, ecumenista, defensor da vida... Chico que morava em Assis... PAZ E BEM!!! ;-D
Esta não é uma história isolada, pois tive em minha casa o cãozinho Tistu que também viveu uma história parecida com a do Leão Ariel, também partindo aos três anos de idade. Portanto “Ariel” ao meu ver é um ícone ou um arquétipo da existência do sofrimento animal, da existência do amor entre espécies distintas (homem, cão, leão, etc...) e da certeza para grande maioria das pessoas que a vida é muito mais que supomos e é uma hipocrisia teocêntrica reservar “o céu” apenas à espécie humana. Desde criança me incomodava com isso, até que sozinho cheguei a conclusão que esta história pregada pela religião e pelos religiosos era tagarelice de quem não sabe nem quem é si mesmo. Estamos no alvorecer de uma era voltada à ecologia integral, aquela ecologia que torna nossa espécie humana mais critica de si, questionando-se, reconstruindo-se, conhecendo sua casa como um todo, sua alma, sua espécie e a comunhão com os demais seres que dividem o planeta terra. Não é por acaso que as estruturas que concentravam o poder estão ruindo, movimentos das mais diversas naturezas estão pleiteando seu espaço, minorias estão tendo coragem em se auto afirmar. Vejo neste movimento uma catarse necessária para que o que estava escondido apareça, o que não era público, torne conhecido. Comentários postados logo após a passagem de Ariel para planos mais sutis, postados nas redes sociais deixam claro que muitas pessoas reconhecem a evolução como lei universal de todas as espécies, veja parte de uma matéria retirada do UOL: “Entre expressões como “gatão”, “lindão”, “guerreiro”, “embaixador na união mundial” e outro termo, Ariel também tem destino certo, na opinião dos internautas: “Oww lindão, vai brilhar lá com todos os outros anjinhos, vai correr lá no céu dos animais e brincar com seus amiguinhos!!”, seguida de outra mensagem, na mesma linha: “Uma vez ouvi que existe céu dos cachorros....deve existir céu do leões...e ele já deve ter achado o lugarzinho dele e tá pulando, pulando, como ele fazia aqui....”. Para outro usuário, “ele está ao lado de São Francisco”.
Talvez o mal embora pareça ter aumentado, ele continua como sempre existiu, porém como estamos mais iluminados, mais nos incomodamos com as misérias AINDA existentes em nosso meio, mas a luz aumenta, cada vez mais vemos e valorizamos a vida e o amor em todas as suas manifestações, mais sabemos que todos somos um e estamos inevitavelmente interligados numa grande teia cósmica amorosa... Portanto, obrigado Arieis, Tistus e tantos outros que mesmo no anonimato nos deram e dão uma grande lição de evolução... Não acredito no céu dos cachorros, dos leões, das pessoas... Acredito no céu dos seres evoluídos, onde todos são plenos pelo amor... Termino com as palavras do mais arrojado ecólogo, ecumenista, defensor da vida... Chico que morava em Assis... PAZ E BEM!!! ;-D
sábado, 11 de junho de 2011
Minha criança interior
O essêncial é invisível aos olhos! Não me passa melhor afirmação do que esta tirada do livro Pequeno princípe para iniciar este texto. Pretendo falar da criança interior, aquele ser maravilhoso e pleno que cada criatura carrega em sí, aquele que é todo alegria, transparência e vitalidade... Mas que com o tempo vai sendo sufocada pelas máscaras que usamos e de criança feliz torna-se criança magoada. Quanto mais novos somos, menos condicinamentos temos, ainda não estamos plenamente inseridos no conjunto de códigos criados pelo social, simplesmente existimos. A criança interior e o ser exterior que sou eu nos confundimos. Quanto mais somos inseridos no contexto social, mais aprendemos a arte de jogar para ser parte da sociedade, mais nos separamos dessa essência chamada criança interior, e nisso sempre sentimos a falta de algo, mais procuramos este algo no mundo e mais frustrados vamos ficando... O encontro entre estes dois seres agora separados será fundamental para a realização deste indivíduo. Como diz a frase que iniciei este texto, o essêncial é invisível aos olhos, não existe alguém mais importante que a criança que carrego, a criança que você carrega, ela é única, especial, linda, alegre e é essêncial, porém é invisível aos nossos olhos condicionados ao lógico, ao racional, ao mensurável... Tomar conhecimento deste ser maravilhoso que temos em nós demanda silêncio, seria como estar inserido num furacão, sair das bordas deste furacão e entrar até o seu interior onde reina a calmaria, criar o silêncio em meio ao caos e reconhecer a existência deste ser iluminado. Esta criança na maioria das vezes está machucada, angustiada, triste e solitária por não ser acolhida e reconhecida, mais que isso, amparada. Quando se reconhece esta criança, se aceita como ela é, não a julga nem tão pouco a rotula, ela torna-se viva novamente e entramos em comunhão com nossa essência divina, tomamos do mesmo cálice e resgatamos a arte de ser autênticos, serenos, dóceis... Isso não quer dizer ser passivo e submisso, mas ter a paz e alegria necessárias para fazer o que é preciso sem dúvida ou medo. Acredito que só serei capaz de amar o outro em sua plenitude e em sua verdade a partir do amor que tenho por minha criança interior, talvez por isso que a tradição cristã afirma ser necessário amar ao outro como a sí mesmo... É impossível amar alguém mais que este alguém que carrego... A comunhão resgatada com esta criança maravilhosa será a comunhão com todos os seres do universo, através deste ser divino que carrego amarei a todos os seres plenamente...
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