Será que o Obama anda com essa elegância toda naturalmente? Que sorte teve este fotógrafo ao retratar o atual presidente americano se dirigindo à nação e ao mundo para dar a notícia que o planeta estava mais seguro e as vítimas de Osama estavam vingadas, o click foi dado justamente em frente ao busto de um dos maiores presidentes que a América já viu... Observe a fotografia!
Grande circo dos horrores, deprimente teatro das aparências e faz de conta que ainda perdura em nossa Gaia. Todo mundo sabe que a forma de portar-se é tudo, pouco importa o conteúdo, e que por trás das grandes figuras, sejam elas pessoas ou instituições, existem diversas empresas que “criam” a imagem que o público quer ver e vai engolir e gostar, o povo (pelo menos aqueles que olham com um pouquinho mais de critica) sabem que nada é bem daquele jeito que foi divulgado, mas mesmo assim se sujeitam a fazer parte do jogo e dar a resposta esperada pela mídia. É lógico que a foto que citei não foi coincidência, a ideia certamente da grande equipe de “marketing” do governo americano é de “vender” a população da América e do mundo a imagem de um homem forte, alguém á altura do lendário Abraham Lincoln. Quanto deve ter custado ao Osama ficar estático, com olhar de paisagem para um horizonte imaginário afim de que o fotógrafo conseguisse o melhor ângulo e a melhor iluminação? O homem e o seu teatro, seu jogo de dominador e dominando... As vezes ser dominado é tão bom, não dá trabalho, não tem que pensar, é só seguir o que é proposto pelos outros, simples assim...
Como ainda possuímos uma lógica cartesiana, onde o racional prevalece e tudo tem que ter que haver com tudo, as vezes conseguem fazer ligações fantásticas para mostrar que se tem razão. Veja só, um chefe de estado afirmou que o Osama foi morto justamente no dia em que o Papa João Paulo II foi beatificado graças a uma intervenção direta do pontífice, presente dado pelo aspirante a santo para nós pobres e inocentes mortais. Quanta contradição, em nome da paz elegem um exemplo moderno de vida a ser seguido, João Paulo II. Em nome da mesma paz matam Osama como se sua morte resolvesse todos os problemas da América e do mundo referente ao terrorismo. Dois eventos antagônicos, no mesmo dia, com os mesmos objetivos “a paz” e que alguns até mesmo afirmam que não houve coincidência, foi providência, já que o segundo evento (a morte de Osama) foi conseqüência direta da intervenção do protagonista do primeiro evento (João Paulo II) que deu a cabeça de Osama à humanidade aflita com seu único problema, a vida de OSAMA!
Grandes homens (e mulheres) já passaram por estas terras, Buda, Cristo, Francisco de Assis, Ghandi, Nisse da Silveira, João Paulo II. Quebraram protocolos, não fizeram o que era esperado, deixaram-nos embasbacados mas ainda continuamos a ser “como nossos pais”, e o pior, ainda acreditamos numa divindade mesquinha ao ponto de atribuir a ela o poder de dar e tirar cabeças conforme bem entender. Mas como tudo indica, Osama morto, Obama eleito e assim vamos continuar “com passos de formiga, e sem vontade, não vou dizer que foi ruim, mas também não foi tão bom assim”... Afinal, não tivemos que pensar muito, já pensaram por nós.
Nenhuma circunstância exterior substitui a experiência interna. E é só à luz dos acontecimentos internos que entendo a mim mesmo. São eles que constituem a singularidade de minha vida. (Frases e Pensamentos de CARL GUSTAV JUNG)
quarta-feira, 4 de maio de 2011
sábado, 30 de abril de 2011
Inquilinos de Gaia
O tempo assim como o espaço é relativo, cada ser de acordo com suas características físicas, químicas, biológicas e até mesmo filosóficas tem seu tempo de existência e seu raio de ação, ou seja, seu espaço de atuação.
A vida de uma libélula para um ser humano é efêmera, já que muitas vezes eclode pela manhã e morre ao entardecer, porém para viver aquilo que foi programada é suficiente. Uma sequóia milenar e “quase eterna” para nossos padrões de tempo e de espaço, já que cresce como um grande edifício e vive talvez milênios.
Mas entender essa dinâmica não é tão fácil assim... É necessário silêncio e silêncio é coisa rara, vivemos envolvidos em nossos barulhos: mental, físico e espiritual. Relacionamos-nos com o tempo como se ele fosse o grande inimigo a ser vencido, uma luta constante. Essa energia dispensa barulho, sons, imagens, vibração que são emanadas ao tempo e espaço e ajudam a dificultar ainda mais a comunhão com o silêncio que habilita entrar no tempo do outro.
Esse padrão é comum em nossa mãe Gaia, não sabemos entrar no tempo dessa grande mãe, e exploramos mais e mais seus espaços, suas riquezas, suas entranhas. Até mesmo nossa tecnologia causa barulho, recentemente li que se for colocado um aparelho de celular na lua, este será o sinal “extraterrestre” mais forte, ou seja, mais barulhento do universo, um universo existente a bilhões de anos segundo nossa limitada ciência e capacidade de observação.
Silenciar a boca, silenciar a mente, silenciar o espírito, silenciar nossa tecnologia não no sentido de calar, mas com a ideia de focar mais a energia para sairmos de nosso padrão egóico de vida e entrarmos no tempo do outro. Acho pertinente buscar meios para entender isso e aplicar nas relações que tenho com o meio, e como um inquilino de Gaia, buscar preservar a casa, respeitar a grande mãe, entrar em comunhão com a vida e não ver no outro algo maior nem menor que eu, mas algo a ser respeitado em sua essência...
A vida de uma libélula para um ser humano é efêmera, já que muitas vezes eclode pela manhã e morre ao entardecer, porém para viver aquilo que foi programada é suficiente. Uma sequóia milenar e “quase eterna” para nossos padrões de tempo e de espaço, já que cresce como um grande edifício e vive talvez milênios.
Mas entender essa dinâmica não é tão fácil assim... É necessário silêncio e silêncio é coisa rara, vivemos envolvidos em nossos barulhos: mental, físico e espiritual. Relacionamos-nos com o tempo como se ele fosse o grande inimigo a ser vencido, uma luta constante. Essa energia dispensa barulho, sons, imagens, vibração que são emanadas ao tempo e espaço e ajudam a dificultar ainda mais a comunhão com o silêncio que habilita entrar no tempo do outro.
Esse padrão é comum em nossa mãe Gaia, não sabemos entrar no tempo dessa grande mãe, e exploramos mais e mais seus espaços, suas riquezas, suas entranhas. Até mesmo nossa tecnologia causa barulho, recentemente li que se for colocado um aparelho de celular na lua, este será o sinal “extraterrestre” mais forte, ou seja, mais barulhento do universo, um universo existente a bilhões de anos segundo nossa limitada ciência e capacidade de observação.
Silenciar a boca, silenciar a mente, silenciar o espírito, silenciar nossa tecnologia não no sentido de calar, mas com a ideia de focar mais a energia para sairmos de nosso padrão egóico de vida e entrarmos no tempo do outro. Acho pertinente buscar meios para entender isso e aplicar nas relações que tenho com o meio, e como um inquilino de Gaia, buscar preservar a casa, respeitar a grande mãe, entrar em comunhão com a vida e não ver no outro algo maior nem menor que eu, mas algo a ser respeitado em sua essência...
domingo, 27 de março de 2011
Falta X Excesso
Viver com restrição é ruim, porém viver com excesso faz o mesmo mal e muitas vezes é mais difícil de identificar suas conseqüências negativas. A falta das coisas é fácil de ser identificada, falta de tempo, falta de alimentação, falta de cultura, falta de tolerância. Porém muitas vezes percebo que a gente vive com bem mais que necessita e gasta uma quantidade de energia valiosa na administração de tudo que carrega sem perceber esse peso todo atrelado a si.
Vamos a um exemplo que vivi. Curto fotografia, música, livros e filmes. Assim que comprei a máquina fotográfica digital comecei a fotografar tudo que achava digno de ser fotografado, além de baixar tudo quanto é música, livros em pdf e copiar uma grande quantidade de filmes em DVD. Detalhe... O hobby era baixar, mas pouco consumia disso tudo... E vivia tentando me organizar para guardar e usar tudo isso. Final da história, fiquei com uma quantidade incrível de dados espalhados sem saber por onde começar afim de buscar algo. O que deveria ter facilitado a minha vida e trazido prazer, acabou virando fonte de ansiedade pois nunca conseguia consumir tudo aquilo e em administrar esse problema. Hoje estou calmamente organizando os arquivos, desfazendo de outros e não mais montando uma biblioteca imensa e inútil.
Ao longo da vida tive a oportunidade de conhecer e observar determinadas pessoas e situações que me mostraram como esta questão (o ter além do necessário) é mais perigosa do que parece. Vamos a exemplos... Tornar-se depósito de lembranças ruins, essas pessoas parecem viver num eterno luto e acham que os que estão em voltam devem também comungar dessa frequência, suas vidas estão paradas nas perdas sentidas ao longo da existência, portanto a carga emocional que carregam é gigantesca, carga desnecessária que não agrega nada além de dor e sofrimento. Outros embora sejam pessoas arrojadas, tornam sua vida numa grande teoria e perde o senso de eu e o senso de realidade. Tanto um quanto outro exemplo mostram pessoas fascinadas pela ilusão, algumas vezes até mesmo alienadas.
Estar sempre no comando de si, absorver apenas o necessário, não permitir-se influenciar-se pela freqüência do outro quando o outro vibra em outros padrões, padrões estes que não temos em nossas diretrizes. Buscar a teoria que se aplique em si e não formatar-se para entrar em uma teoria. Acredito que tudo isso pode nos ajudar a viver de forma integral, mais leve e em paz com nossas 3 ecologias, a ecologia do ser pessoal, ou seja, da mente, a ecologia social, aquela que se estabelece com minha comunidade, ou seja, com aqueles que são comuns a mim, e finalmente refletir na ecologia ambiental, degradando menos, consumindo menos e permitindo que a vida siga seu fluxo normal. Mente sã, corpo saudável, sociedade sã, ambiente saudável.
“Penso que seguir a vida seja simplesmente conhecer a marcha e ir tocando em frente, hoje eu sei que nada sei”.
Vamos a um exemplo que vivi. Curto fotografia, música, livros e filmes. Assim que comprei a máquina fotográfica digital comecei a fotografar tudo que achava digno de ser fotografado, além de baixar tudo quanto é música, livros em pdf e copiar uma grande quantidade de filmes em DVD. Detalhe... O hobby era baixar, mas pouco consumia disso tudo... E vivia tentando me organizar para guardar e usar tudo isso. Final da história, fiquei com uma quantidade incrível de dados espalhados sem saber por onde começar afim de buscar algo. O que deveria ter facilitado a minha vida e trazido prazer, acabou virando fonte de ansiedade pois nunca conseguia consumir tudo aquilo e em administrar esse problema. Hoje estou calmamente organizando os arquivos, desfazendo de outros e não mais montando uma biblioteca imensa e inútil.
Ao longo da vida tive a oportunidade de conhecer e observar determinadas pessoas e situações que me mostraram como esta questão (o ter além do necessário) é mais perigosa do que parece. Vamos a exemplos... Tornar-se depósito de lembranças ruins, essas pessoas parecem viver num eterno luto e acham que os que estão em voltam devem também comungar dessa frequência, suas vidas estão paradas nas perdas sentidas ao longo da existência, portanto a carga emocional que carregam é gigantesca, carga desnecessária que não agrega nada além de dor e sofrimento. Outros embora sejam pessoas arrojadas, tornam sua vida numa grande teoria e perde o senso de eu e o senso de realidade. Tanto um quanto outro exemplo mostram pessoas fascinadas pela ilusão, algumas vezes até mesmo alienadas.
Estar sempre no comando de si, absorver apenas o necessário, não permitir-se influenciar-se pela freqüência do outro quando o outro vibra em outros padrões, padrões estes que não temos em nossas diretrizes. Buscar a teoria que se aplique em si e não formatar-se para entrar em uma teoria. Acredito que tudo isso pode nos ajudar a viver de forma integral, mais leve e em paz com nossas 3 ecologias, a ecologia do ser pessoal, ou seja, da mente, a ecologia social, aquela que se estabelece com minha comunidade, ou seja, com aqueles que são comuns a mim, e finalmente refletir na ecologia ambiental, degradando menos, consumindo menos e permitindo que a vida siga seu fluxo normal. Mente sã, corpo saudável, sociedade sã, ambiente saudável.
“Penso que seguir a vida seja simplesmente conhecer a marcha e ir tocando em frente, hoje eu sei que nada sei”.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Ecologia pessoal, social e ambiental
Ecologia é uma questão atual, disso não resta dúvida. Quando começou a ganhar o domínio popular até pareceu modismo, mas agora seja modismo ou não a tal de ecologia veio pra ficar... Mas o que é ecologia? Se aplica a quê e pra quêm?
Ecologia vem do grego, é a união de duas palavras que significam “estudo da casa”. Como a evolução é lei universal e se faz presente em todas as coisas, não foi diferente com a dona ecologia. Em princípio lutamos pelas baleias, pela fauna e flora silvestre e talvez esquecemos um pouco do nosso meio, das nossas relações e de nós mesmos como parte integrante do universo vivo em que estamos inseridos. Afinal, vida ainda é a coisa mais abundante da terra, pra todo lado vê-se algo vivo e atuante na grande teia da vida, seja uma bactéria, as plantas, enfim... Mostra-se presente em quase tudo. Mas aquela ecologia do início do movimento estava distante demais dos anseios humanos, como posso lutar por algo distante se em meu universo intímo estou desorganizado, minha rede social onde vivo está de pernas pro ar... É algo incompatível! Aí veio a evolução no entendimento do tema e atualmente tem-se ouvido sobre a ecologia integral, a ecologia que estuda a casa não vê o homem como à parte da vida do planeta, mas parte que integra dinamicamente a grande teia da vida, logo o homem também é uma casa que deve ser conhecida, estudada para a partir daí poder explorar e conhecer o externo. A sociedade na qual o homem está inserido também é importante, nossos relacionamentos, nossa forma de interagir com a comunidade (comunidade=comum) em que vive é fundamental no bem estar do indivíduo e dos indivíduos que de alguma forma depende da sua existência para viver. Finalmente compreendido, ou melhor, expandido este conceito para o homem com a sua própria casa (corpo e mente), para a comunidade na qual está inserido, pode-se pensar no ambiente físico, a casa, a rua, animais e vegetais do local onde se mora. Ainda é muito recente, mas não tenho dúvida que esta visão holística ganhará cada vez mais simpatizantes, hoje percebo um movimento em resgatar o todo ao invés de observar as partes isoladas. Talvez os alquimistas do passado dividiram-se em químicos, biólogos, físicos, psicólogos e tantas outras profissões. Hoje existe um movimento contrário e quiçá um dia não teremos mais estas profissões isoladas, mas sim um neoalquimista que consiga andar por todas estas áreas e assim integrá-las de forma mais harmônica ao invés de apenas estudar as partes isoladas e tentar encaixar de forma independente esses pedaços. Em princípio a impressão que tive da ecologia integral foi algo místico ou psicológico, porém depois percebi que este pensamento era proveniente de uma visão contaminada pelo especialismo atual. Se ecologia é o estudo da casa, nada mais lógico iniciar este estudo pelo “eu”, pela mente, local de onde sai todas as atitudes que destruirão ou trarão vida, depois por minha “network” e “netfriends” que fazemos parte e finalmente chegar no ambiente.
Talvez o grande Portinari teve uma inspiração profética ao pintar na igreja de Francisco de Assim na Pampulha Francisco e um vira lata, fazendo uma releitura do clássico encontro do velho Chico junto do lobo de Júbio na Itália no século XII. Francisco é personificação do movimento ecológico, não pensemos no santo católico mas sim na figura forte que busca o caminho de casa ao optar pela vida em comunhão com a natureza. Nesta bela obra do arquiteto brasileiro Nyemayer e Portinari, em que o pop star ecológico aparece ao lado do nosso bom e velho vira lata, ocorreu algo que ilustra bem a visão da antiga ecologia, uma ecologia romântica e utópica divergindo da nova, a ecologia real e do nosso dia a dia. Pois segundo uma das versões para a demora da sagração do tal templo, deveu-se o fato de colocar o grande Chico ao lado de um simples vira-lata, o bispo da época achou uma afronta, esta cerimônia ocorreu apenas 14 anos com outro bispo...
Pensando bem... Ecologia integral não é coisa nova não... Já tem gente vivendo e fazendo propaganda desde o século XII no mínimo... Olha o garoto propaganda italiano... Aquele pintado por Portinari na igrejinha da lagoa da Pampulha em Belo Horizonte, um tal de Chico...
Paz e bem!!!
Ecologia vem do grego, é a união de duas palavras que significam “estudo da casa”. Como a evolução é lei universal e se faz presente em todas as coisas, não foi diferente com a dona ecologia. Em princípio lutamos pelas baleias, pela fauna e flora silvestre e talvez esquecemos um pouco do nosso meio, das nossas relações e de nós mesmos como parte integrante do universo vivo em que estamos inseridos. Afinal, vida ainda é a coisa mais abundante da terra, pra todo lado vê-se algo vivo e atuante na grande teia da vida, seja uma bactéria, as plantas, enfim... Mostra-se presente em quase tudo. Mas aquela ecologia do início do movimento estava distante demais dos anseios humanos, como posso lutar por algo distante se em meu universo intímo estou desorganizado, minha rede social onde vivo está de pernas pro ar... É algo incompatível! Aí veio a evolução no entendimento do tema e atualmente tem-se ouvido sobre a ecologia integral, a ecologia que estuda a casa não vê o homem como à parte da vida do planeta, mas parte que integra dinamicamente a grande teia da vida, logo o homem também é uma casa que deve ser conhecida, estudada para a partir daí poder explorar e conhecer o externo. A sociedade na qual o homem está inserido também é importante, nossos relacionamentos, nossa forma de interagir com a comunidade (comunidade=comum) em que vive é fundamental no bem estar do indivíduo e dos indivíduos que de alguma forma depende da sua existência para viver. Finalmente compreendido, ou melhor, expandido este conceito para o homem com a sua própria casa (corpo e mente), para a comunidade na qual está inserido, pode-se pensar no ambiente físico, a casa, a rua, animais e vegetais do local onde se mora. Ainda é muito recente, mas não tenho dúvida que esta visão holística ganhará cada vez mais simpatizantes, hoje percebo um movimento em resgatar o todo ao invés de observar as partes isoladas. Talvez os alquimistas do passado dividiram-se em químicos, biólogos, físicos, psicólogos e tantas outras profissões. Hoje existe um movimento contrário e quiçá um dia não teremos mais estas profissões isoladas, mas sim um neoalquimista que consiga andar por todas estas áreas e assim integrá-las de forma mais harmônica ao invés de apenas estudar as partes isoladas e tentar encaixar de forma independente esses pedaços. Em princípio a impressão que tive da ecologia integral foi algo místico ou psicológico, porém depois percebi que este pensamento era proveniente de uma visão contaminada pelo especialismo atual. Se ecologia é o estudo da casa, nada mais lógico iniciar este estudo pelo “eu”, pela mente, local de onde sai todas as atitudes que destruirão ou trarão vida, depois por minha “network” e “netfriends” que fazemos parte e finalmente chegar no ambiente.
Talvez o grande Portinari teve uma inspiração profética ao pintar na igreja de Francisco de Assim na Pampulha Francisco e um vira lata, fazendo uma releitura do clássico encontro do velho Chico junto do lobo de Júbio na Itália no século XII. Francisco é personificação do movimento ecológico, não pensemos no santo católico mas sim na figura forte que busca o caminho de casa ao optar pela vida em comunhão com a natureza. Nesta bela obra do arquiteto brasileiro Nyemayer e Portinari, em que o pop star ecológico aparece ao lado do nosso bom e velho vira lata, ocorreu algo que ilustra bem a visão da antiga ecologia, uma ecologia romântica e utópica divergindo da nova, a ecologia real e do nosso dia a dia. Pois segundo uma das versões para a demora da sagração do tal templo, deveu-se o fato de colocar o grande Chico ao lado de um simples vira-lata, o bispo da época achou uma afronta, esta cerimônia ocorreu apenas 14 anos com outro bispo...
Pensando bem... Ecologia integral não é coisa nova não... Já tem gente vivendo e fazendo propaganda desde o século XII no mínimo... Olha o garoto propaganda italiano... Aquele pintado por Portinari na igrejinha da lagoa da Pampulha em Belo Horizonte, um tal de Chico...
Paz e bem!!!
domingo, 30 de janeiro de 2011
Amar é...
O amor está na moda... As artes adoram usá-lo como fonte de inspiração para suas criações, poemas, musicais, filmes, poesia... Mas não está limitado a este meio "intelectualizado" o amor também está nas religiões, nas conversas de esquina, nas conversas cotidianas do iletrado ao doutor, do jovem ao velho, do rico ao pobre... Mas o que é o amor? É limitado aos seres humanos? Será fruto da capacidade intelecetual humana ou seria algo que transcende nossa capacidade e portanto "vemos em parte" até que possamos "vê-lo face a face"?
O que move o homem não é a resposta mas sim a dúvida, abraçado às minhas indagações fui encontrando respostas ao longo da vida sobre este tema que intriga tanto nossa espécie.
A palavra amor é muito limitada para a gama de situações que à utilizamos... Nosso amor etimologicamente vem do latim. Porém no grego o amor divide-se em três palavras distintas: eros, philus e ágape. Eros refere-se ao amor conjugal, pautado pela paixão, atração física, e este amor utiliza-se da sexualidade como forma de manifestar-se. Já o philus não tem na sexualidade seu meio de aproximação, este explica o companheirismo, a camaradagem, de certa forma é um amor pautado na troca, eu ajudo alguém na certeza que posso confiar que o outro um dia retribuirá caso haja necessidade. O ágape é além, ama por opção de amar, sem esperar que o outro retribua de qualquer forma, mesmo não sendo amado pelo outro continua-se a amar.
Embora a definição grega de amor seja bem mais lógica, ela ainda não respondia algumas perguntas... Recentemente li um texto do lama Michel que explicou de forma simples e clara o que é amar, segundo ele amar é desejar ao outro de forma genuína e gratuita seu bem, sua evolução sem esperar nada em troca, portanto pode ser algo "a primeira vista" e treinado, estímulado. Já Roberto e Erasmo disseram na música pensamentos: "Quem me dera que as pessoas que se encontram, se abraçassem como velhos conhecidos,descobrissem que se amam e se unissem na verdade dos amigos e no topo do universo uma bandeira, estaria no infinito iluminada, pela força desse amor, luz verdadeira dessa paz tão desejada".
Desque ouvi esta música algo me despertou e fez-me chegar a conclusão que amar é genuíno e inerente à criação, já nascemos com o amor como item de série. Basta optar por amar, o tempo é convenção humana, a única necessidade para amar é saber da existência do outro, uma vez ciente de sua existência já lhe amo e podemos nos abraçar como velhos amigos... Isso é o ágape ao meu entendimento. Porém não pode-se confundir ágape com mulher de malandro, amor não significa total aprovação aos devaneios alheios, pelo contrário, isso é doença, assim como felicidade não se pode confundir com alegria festiva amor não pode confundir com aprovação incondicional ao outro. A opção amar é sempre individual e não necessariamente necessita da aprovação do outro, desde que já se tenha atingido o ágape, enquanto tiver no eros e no philus ainda será necessário a "autorização" do outro para que o processo se complete. O ágape é a plenitude daquilo que já somos, mais um passo em nossa caminhada evolutiva.
O que move o homem não é a resposta mas sim a dúvida, abraçado às minhas indagações fui encontrando respostas ao longo da vida sobre este tema que intriga tanto nossa espécie.
A palavra amor é muito limitada para a gama de situações que à utilizamos... Nosso amor etimologicamente vem do latim. Porém no grego o amor divide-se em três palavras distintas: eros, philus e ágape. Eros refere-se ao amor conjugal, pautado pela paixão, atração física, e este amor utiliza-se da sexualidade como forma de manifestar-se. Já o philus não tem na sexualidade seu meio de aproximação, este explica o companheirismo, a camaradagem, de certa forma é um amor pautado na troca, eu ajudo alguém na certeza que posso confiar que o outro um dia retribuirá caso haja necessidade. O ágape é além, ama por opção de amar, sem esperar que o outro retribua de qualquer forma, mesmo não sendo amado pelo outro continua-se a amar.
Embora a definição grega de amor seja bem mais lógica, ela ainda não respondia algumas perguntas... Recentemente li um texto do lama Michel que explicou de forma simples e clara o que é amar, segundo ele amar é desejar ao outro de forma genuína e gratuita seu bem, sua evolução sem esperar nada em troca, portanto pode ser algo "a primeira vista" e treinado, estímulado. Já Roberto e Erasmo disseram na música pensamentos: "Quem me dera que as pessoas que se encontram, se abraçassem como velhos conhecidos,descobrissem que se amam e se unissem na verdade dos amigos e no topo do universo uma bandeira, estaria no infinito iluminada, pela força desse amor, luz verdadeira dessa paz tão desejada".
Desque ouvi esta música algo me despertou e fez-me chegar a conclusão que amar é genuíno e inerente à criação, já nascemos com o amor como item de série. Basta optar por amar, o tempo é convenção humana, a única necessidade para amar é saber da existência do outro, uma vez ciente de sua existência já lhe amo e podemos nos abraçar como velhos amigos... Isso é o ágape ao meu entendimento. Porém não pode-se confundir ágape com mulher de malandro, amor não significa total aprovação aos devaneios alheios, pelo contrário, isso é doença, assim como felicidade não se pode confundir com alegria festiva amor não pode confundir com aprovação incondicional ao outro. A opção amar é sempre individual e não necessariamente necessita da aprovação do outro, desde que já se tenha atingido o ágape, enquanto tiver no eros e no philus ainda será necessário a "autorização" do outro para que o processo se complete. O ágape é a plenitude daquilo que já somos, mais um passo em nossa caminhada evolutiva.
sábado, 28 de agosto de 2010
O tempo da primavera...

Já é domingo, são 19 minutos do dia 29 de agosto de 2010. Tenho pensado no tempo, meu tempo está correndo e agora tem se tornado mais intensa sua urgência, não apenas no contexto filosófico da vida, mas certa angústia me atordoa com as coisas profanas que me relaciono, entenda que o sentido da palavra profana vem da época que a vida cultural saiu dos templos e tomou lugar nos lugares comuns como teatros, praças, portanto saiu do sagrado para a vida rotineira e normal de todos nós seres presos ao tempo e espaço. É o telefone que toca enquanto faço algo que atribuo ser importante, o ônibus não irá me esperar portanto tenho que condicionar certas atividades e horários de meu dia em função dele... Sempre o tempo me controla com sua implacável tirania. Algo que me faz transcender o tempo é estar dentro de uma caverna, lá o tempo é outro, o santuário natural é formado pelo mesmo tirano que me persegue, talvez pela minha postura de agressividade o senhor tempo apenas se mostre como Cronus, porém lá dentro da profundeza da terra a face que se expõe é o Kairós. Neste começo de dia me ví inspirado a assistir ao vídeo da Sussan Boyle, em que uma senhora de 47 anos, de uma "vidinha medíocre do interior" aos olhos da cultura atual pode finalmente brilhar... Assim como a caverna que surgiu do lento resfriamento de lavas quentes do interior da terra, aquela mulher pôde em meio as suas crises formar algo sólido e belo. Talvez sua relação com o tempo tenha sido de respeito, pôde flertar com ele durante seus 47 anos de vida e como a relação de ambos foi amigável, este mostrou sua face Kairós, face amável e cuidadosa, pôde na hora certa tomar posse do que era seu (o grande talento) e mostrar ao mundo isto, o tempo a moldou... Penso que o respeito pela crise deve ser uma das premissas, e acreditar que o amigo tempo sempre mostrará sua fase fraterna Kairós, tirando flores de pedras depois de lentamente erodir o sólido e transformar em algo fértil, que permitirá a primavera acontecer...
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Papai, as nuvens são sagradas por serem a morada de Deus?

Lembro de quando perguntei ao meu pai se as nuvens eram sagradas por estarem aos pés de Deus, e dando continuidade ao questionamento perguntei também se a fumaça proveniente das queimadas ficariam sagradas ao “tornar-se nuvens”, pois tinham o mesmo aspecto e se integrariam a morada celeste de Deus... Nesta época tinha quatro anos de idade...
Muitas experiências carrego em meu consciente, (que dirá no inconsciente!), essa é uma delas... Não me lembro da resposta de meu pai, sei que éramos pessoas simples, vivíamos numa fazenda e quase nada conhecíamos da ciência, mas especulávamos sobre os desígnios da divindade e creio que tenha ele respondido afirmativamente às duas questões. Lembrei disso ao sobrevoar algumas nuvens e ultrapassá-las. Pude integrar-me a elas quando a aeronave em que estava a bordo entrou numa formação de nuvens e logo em seguida ultrapassou-as ficando bem acima das mesmas. Talvez tivesse vivido isso quando criança teria sido frustrante conhecer a morada de Deus e não ver nada diferente do que vemos da terra, ou talvez a certeza da transfiguração ao penetrar no solo de Deus e não acontecesse nada comigo, continuava a ser eu mesmo com minhas conquistas feitas e conquistas à realizar... Fato é, o céu azul que via da aeronave era imenso, e mostrava existir ainda muita coisa acima de mim, estaria Deus em forma de “pessoa” vivendo naquela imensidão? Certamente não... Hoje o pouco conhecimento de ciência que tenho me faz dar nomes às coisas e tirar o misticismo que colocava no intocado, talvez o mesmo misticismo que temos com aquilo que especulamos e não podemos explorar, pois na nossa realidade evolutiva jamais temos dados reconhecidos pela ciência atual como a morte, ao contrário da visita às nuvens que posso desbravá-las a bordo de uma aeronave, a morte não vende passagem para os curiosos explorarem e algum tempo depois voltar para limitação segura do tempo e espaço conhecido. O sagrado está nas nuvens? Creio que também esteja nas nuvens, mas certamente poderei experiencia-lo muito mais em mim, nas minhas faces ocultas, ou em cada desdobramento que me permito vivenciar, em cada mistério que aos poucos o desmistifico evidencia a presença forte deste sagrado chamado Deus. O mundo exterior é projeção do meu mundo interior, a dúvida que manifesto, possivelmente de forma simbólica representa a busca por encontrar e entrar em comunhão com o transcendente, este desconhecido que mora em mim. Papai sou sagrado por ser morada de Deus?
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